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Nº 5808
Economia

Volume de cheque sem fundo aumentou 22%

São Paulo - Os efeitos do desequilíbrio das finanças em decorrência à corrida às compras no  fim do ano apareceram em março por meio de um crescimento de 22% no volume de cheques devolvidos pela segunda vez por  falta de fundos. É o que constatou o levan

Por | Edição do dia 10/04/2002 - Matéria atualizada em 10/04/2002 às 00h00

São Paulo - Os efeitos do desequilíbrio das finanças em decorrência à corrida às compras no  fim do ano apareceram em março por meio de um crescimento de 22% no volume de cheques devolvidos pela segunda vez por  falta de fundos. É o que constatou o levantamento sobre inadimplência realizado pela SCI/Equifax com base nos dados de março. Entre pessoas físicas e jurídicas, os cheques devolvidos perfizeram um total de 3,363 milhões de documentos. “A piora na situação de emprego e a manutenção dos juros elevados, associado ao volume das vendas natalinas, levaram ao descontrole da inadimplência”, afirma o assessor econômico da SCI/Equifax, Walter Belik. No acumulado do primeiro trimestre, comparativamente ao mesmo período do ano passado, todos os indicadores de inadimplência apresentaram piora. A exceção foram as falências decretadas, que caíram 19% para 19,9%. O volume de títulos protestados de pessoas físicas e jurídicas, um total de 2,609 milhões, cresceu 74%. Segundo Belik, esta alta incorpora um pouco dos efeitos causados pela lei que entrou em vigor no Estado de São Paulo em abril do ano passado, que transfere as despesas cartoriais do credor para o devedor. “Apesar dos sinais positivos apresentados pelo aumento da produção industrial em alguns setores, o nível de emprego continua em retração. Em contrapartida, as boas perspectivas de redução mais acentuada dos juros deverão ser atenuadas pelo crescimento da inflação conforme se observa pelos aumentos que vêm ocorrendo nas tarifas públicas, combustíveis, seguros e outros”, diz Belik. Ele acrescenta que com o reajuste do salário mínimo, já em vigor, poderá ocorrer a intensificação da reabilitação do crédito de pessoas físicas, que mostra uma certa reação nos últimos meses, e aumento no cancelamento de protestos.

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