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Economia Em maio, a inflação o indicador oficial de inflação avançou 0,83% no país, aponta o IBGE

INFLAÇÃO TEM MAIOR ALTA PARA MAIO EM 25 ANOS

Rio de Janeiro, RJ – Pressionado pela energia elétrica, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou em maio. No período, o indicador oficial de inflação avançou 0,83% no país, após variação de 0,31% em abril. Foi o maior resultado par

Por LEONARDO VIECELIRI | Edição do dia 10/06/2021 - Matéria atualizada em 10/06/2021 às 04h00

Rio de Janeiro, RJ – Pressionado pela energia elétrica, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou em maio. No período, o indicador oficial de inflação avançou 0,83% no país, após variação de 0,31% em abril. Foi o maior resultado para maio desde 1996 (1,22%), informou nesta quarta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, o IPCA aumenta a distância em relação ao teto da meta de inflação. No acumulado de 12 meses até maio, a alta chegou a 8,06%. A variação estava em 6,76% até abril.O teto da meta de inflação é de 5,25% neste ano. O centro da meta é de 3,75%. O resultado de maio ficou acima das previsões do mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam variação de 0,71% no período. Conforme o IBGE, os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta no mês. O maior impacto (0,28 ponto percentual) e a maior variação (1,78%) vieram de habitação, que acelerou em relação a abril (0,22%). O resultado desse grupo é atribuído, especialmente, à elevação na energia elétrica, que subiu 5,37% e teve o principal peso no índice entre os itens (0,23 p.p.). A conta de luz mais cara está relacionada à crise hídrica.Em maio, passou a vigorar no país a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100kWh (quilowatt-hora) consumidos. Com a escassez de chuva, os custos de geração de energia elétrica ficam maiores, o que gera repasse para os consumidores. A situação segue no radar de analistas. É que, no ​último dia 28, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) citou as dificuldades hídricas ao anunciar a aplicação do patamar 2 da bandeira tarifária vermelha para o mês de junho, ao custo de R$ 6,243 para cada 100kWh de consumo. Durante a pandemia, o IPCA também ganhou corpo com a disparada de preços de alimentos e, em seguida, de combustíveis. Alta do dólar e avanço das commodities ajudam a explicar o comportamento desses itens na crise sanitária.

IMPACTO

Conforme o IBGE, o segundo maior impacto na inflação de maio veio do grupo transportes (0,24 p.p.), que teve aumento de 1,15%. Dentro desse segmento, a alta da gasolina, de 2,87%, foi a que mais chamou atenção. Em abril, os preços do combustível haviam recuado 0,44%. “Ainda é muito cedo para falar em uma pressão de demanda. O que se observou foi uma pressão de preços monitorados, como energia e combustíveis”, apontou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE, lembrando que o desemprego em alta inibe o consumo das famílias. “Alguma demanda pontual pode estar relacionada ao auxílio emergencial, em produtos como eletrodomésticos, equipamentos, vestuário”, acrescentou. Em maio, o grupo de saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,76%, enquanto o de alimentação e bebidas avançou 0,44%. Os segmentos tiveram impacto de 0,10 p.p. e 0,09 p.p. no índice do mês, atrás de habitação e transportes.Em uma tentativa de frear a inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC subiu a taxa básica de juros no começo de maio.

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