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Nº 5693
Economia MAlagoas registrou a maior redução do Nordeste no número de empresas de construção

VOLUME DE EMPREGOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL RECUA 40% EM DEZ ANOS

Em 2019, eram 16.726 pessoas ocupadas no setor em Alagoas, contra 27.837 trabalhadores estimados em 2010, segundo levantamento

Por Jamylle Bezerra | Edição do dia 18/06/2021 - Matéria atualizada em 18/06/2021 às 04h00

Dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) divulgados nessa quinta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que Alagoas registrou a maior redução do Nordeste no número de empresas do ramo no período de dez anos, indo na contramão da Região. Nesse indicador, Alagoas saiu de 383 empresas em 2010 para 354 em 2019, o que representou uma queda de 7,58%. No Nordeste, somente Sergipe também perdeu empresas no mesmo período (355 para 338). A queda no número de empresas atuantes em Alagoas contrastou com os aumentos de 33,5% e 30,5% observados para o Nordeste e Brasil, respectivamente. A pesquisa também mostrou uma diminuição do número de pessoas empregadas na área. Em 2019, eram 16.726 pessoas ocupadas no setor em Alagoas, representando uma quantidade quase 40% menor em relação aos 27.837 trabalhadores estimados em 2010. Os dados levam em consideração as empresas com cinco ou mais pessoas ocupadas. Nesse quesito, o resultado no estado alagoano ficou levemente acima da queda de 36,5% registrada no mesmo período para o Nordeste. Entre os estados da região, Maranhão (53%), Pernambuco (51%) e Sergipe (43%) sofreram quedas maiores que Alagoas. Rio Grande do Norte (33%), Piauí (31%), Bahia (30%), Ceará (28%) e Paraíba (15%) ficaram abaixo.

PARTICIPAÇÃO

No Brasil, a indústria da construção gerou R$ 288,0 bilhões em valor de incorporações, obras e/ou serviços em 2019, sendo R$ 273,8 em obras e/ou serviços (95,1%) e R$ 14,2 bilhões em incorporações (4,9%). Entre 2010 e 2019, a PAIC mostrou a perda de participação das obras de infraestrutura no valor gerado pelo setor: de 44,1% para 32,2%. Já construção de edifícios avançou de 39,1% para 44,2% no período, assumindo o primeiro lugar no ranking. Mas a maior alta foi de serviços especializados para construção: de 16,8% para 23,6%. “Os serviços especializados para construção são contratados pelas grandes empresas de obras, a exemplo de demolição e preparação do terreno, instalações elétricas e hidráulicas, pintura e obras de acabamento. Isso demonstra uma mudança estrutural com redução da verticalização das grandes construtoras e maior especialização”, explica o analista da pesquisa, Marcelo Miranda, analisando o panorama nacional.

A PAIC retrata as características estruturais do segmento empresarial da atividade da construção no país, abrangendo três segmentos: construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados para construção. As informações são utilizadas para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo. Na edição de 2019, a PAIC priorizou a comparação entre os resultados dos dois pontos extremos de uma série de 10 anos (2010 e 2019), a fim de identificar mudanças estruturais.

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