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Nº 5692
Economia

CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO CRESCE 12,2%, DIZ CNC

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Por Carlos Nealdo | Edição do dia 18/06/2021 - Matéria atualizada em 18/06/2021 às 04h00

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 12,2% em junho na comparação com maio, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (17), pela pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Essa foi a primeira alta do ano e veio depois de cinco quedas consecutivas. Na comparação com junho do ano passado, a confiança do empresário avançou 47,6%. De maio para junho, o principal aumento foi observado no item condições atuais, que cresceu 19,3%, puxado pela satisfação maior com a situação atual da economia (29,3%). A expectativa em relação ao futuro apresentou alta de 11,6%. Já a intenção de investimentos subiu 8%. Na comparação com junho de 2020, foram apuradas altas de 71,8% na avaliação sobre as condições atuais (com aumento de 137% na confiança em relação à economia), de 53,9% nas expectativas e de 26,5% nas intenções de investimento. As informações são da Agência Brasil. Em nota, a confederação disse explicou que entre os fatores que ajudam a contribuir para o crescimento do índice está o incremento gradual nas vendas do varejo, o que motivou recentemente a CNC a revisar para cima a projeção de vendas para 3,9% em 2021, com base nas estatísticas de abril do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A entidade também ampliou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 3,2% para 3,8%, na esteira das reavaliações dos índices do mercado. O impulsionamento das vendas de Dia dos Namorados foi outro fator relevante para o resultado do mês.

RETOMADA

“Por si só, a data dos namorados traz uma movimentação importante para o comércio e serviços, o que não ocorreu no ano passado diante do cenário agravado da pandemia. Mas essa retomada vem se desenhando com a desaceleração das medidas restritivas, o que aumenta a confiança do setor, mas a continuação de crescimento do otimismo depende diretamente do avanço na imunização, no País. Há ainda a complementariedade de fatores como o auxílio emergencial, que vem desafogando as famílias”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Em junho, excetuando-se o componente Intenção de Investimentos em estoque, que caiu 0,2%, os outros subindicadores que formam o Icec revelaram alta, com destaque para a melhora acentuada das Condições Atuais (19,3%), principalmente por conta da percepção de melhora da economia (29,3%). Na comparação anual, o aumento foi de 47,6%, o que não surpreende diante de uma base comprometida pelos efeitos iniciais da crise. O índice, no entanto, se mantém abaixo da zona de satisfação (100 pontos).

OTIMISMO

O economista da CNC responsável pelo estudo, Antonio Everton, explica que a avaliação específica das empresas de menor porte (até 50 empregados) contribuiu para a melhora do Icec este mês. “A percepção de recuperação e melhora agora tende a beneficiar também as micro e pequenas empresas, uma vez que mais pessoas estão circulando nas ruas e a vacinação segue pelo País. As grandes organizações avaliam a conjuntura sob outras perspectivas e têm, naturalmente, mais resiliência para momentos de crise.”

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