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Economia Alagoas aparece como o sexto estado que teve mais dificuldade de acesso à água

MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO DE AL TEM ALGUMA DIFICULDADE COM ÁGUA

Estado é o terceiro pior desempenho do Nordeste ficando atrás apenas de Pernambuco e da Paraíba

Por Nealdo | Edição do dia 24/06/2021 - Matéria atualizada em 24/06/2021 às 04h00

Levantamento divulgado nesta quarta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que em 2019, quando o País vivia ainda no período de pré-pandemia, 56,5% dos 3,3 milhões de alagoanos tinham alguma dificuldade de acesso à água potável. É o terceiro pior desempenho do Nordeste - atrás apenas de Pernambuco, onde o acesso à água era difícil para 78,6%, e da Paraíba (66,6%). De acordo com o levantamento, na Região Metropolitana de Maceió, as dificuldades de acesso à água atingiu 38% da população. Em nível nacional, Alagoas aparece como o sexto estado que teve mais dificuldade de acesso à água. O Acre aparece em primeiro lugar do ranking, com 80,7% da população prejudicada. Em seguida surgem o Pará (79,9%), Pernambuco, Amapá (77,1%), Roraima (72,1%), Paraíba e Rondônia (62,4%). Nacionalmente, 37,8%% da população tinha alguma vulnerabilidade de acesso à água, o que poderia dificultar a higienização das mãos e de objetos em 2019, período anterior à pandemia de Covid-19. Enquanto 22,4% moravam em domicílios sem abastecimento diário ou estrutura de armazenamento de água, 11,9% eram abastecidos por outra forma que não a rede geral. Além disso, 3,4% dos domicílios não estavam ligados à rede geral de água nem contavam com canalização.

“No contexto atual, no qual autoridades de saúde apontam a importância do distanciamento social e da lavagem das mãos com água e sabão para o combate à pandemia, o IBGE considera fundamental disponibilizar informações que auxiliem a superação da crise e a proteção da população frente ao grave quadro de saúde pública global”, explica o analista do estudo, Bruno Mandelli Perez.

Para o IBGE, questões relativas ao acesso regular à água para suprir as necessidades básicas da população têm sido um dos problemas globais, especialmente nos países em desenvolvimento e de rápida expansão urbana e em áreas de elevado adensamento populacional. “Destaque-se que a parcela da população com melhores condições de cumprir as recomendações de higienização das mãos sempre que houver necessidade com riscos reduzidos é a que dispõe de água oriunda de rede geral de distribuição, com abastecimento diário e com estrutura de armazenamento em seu domicílio”, ressaltam os pesquisadores do instituto. Regionalmente, essas dificuldades de higienização eram ainda maiores entre as grandes regiões do país. No Norte, 10,7% da população brasileira residia em domicílios sem canalização interna de água e abastecidos principalmente de outra forma, que não a rede geral de distribuição de água. No Nordeste, essa proporção era de 7,9%. Ambos os valores estavam acima da média nacional (3,4%). Entre as unidades da federação, o maior valor foi verificado no Pará, com 13,8%.

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