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Nº 5859
Economia O preço médio da gasolina acumulou uma alta de 2% em junho

ETANOL ACUMULA ALTA DE 7,7% NOS POSTOS DE AL EM JUNHO

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Por Carlos Nealdo | Edição do dia 06/07/2021 - Matéria atualizada em 06/07/2021 às 04h00

O preço do etanol hidratado vendido nos postos alagoanos fechou o mês de junho com alta de 7,7% em relação a maio, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (5), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foi a maior alta entre os combustíveis nos postos do Estado. De acordo com os dados da agência, o litro do combustível derivado da cana de açúcar fechou o mês passado vendido, em média, a R$ 5,113, contra os R$ 4,746 registrados em maio. Já o preço médio da gasolina acumulou uma alta de 2% em junho, ante maio, saindo de R$ 5,749 para R$ 5,863 na passagem de um mês para outro. O diesel aparece em terceiro lugar, com uma alta acumulada de 1%. Em junho, o combustível era comercializado em Alagoas em média a R$ 4,741. No mês passado, esse valor atingiu R$ 4,793, em média. Nesta segunda-feira (5), a Petrobras anunciou reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que subirão 6,3%, e 3,7%, respectivamente. Os novos preços seguem a alta das cotações internacionais do petróleo e passam a vigorar nesta terça (6). O preço do diesel não era reajustado desde o início de maio. Já gasolina foi alterado no dia 11 de junho, no caso para baixo. O anúncio dos reajustes ocorre após questionamentos no mercado sobre a política de preços da companhia, que começou a observar prazos mais longos antes de decidir por mudanças. Na sexta (2), a Ativa Investimentos publicou relatório apontando defasagem de 20% no preço da gasolina. “Pelo que estamos acompanhando, tal reajuste não deverá ser dado pela Petrobras tão em breve, uma vez que a companhia tem esperado intervalos maiores para reajustar os preços”, escreveu o economista-chefe da Ativa, Étore Sanchez. Nesta segunda, pouco antes do anúncio da Petrobras, a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) havia calculado as defasagens em 12% na gasolina e 7% no diesel. A entidade lembrou que a última mudança no preço do diesel ocorreu há 66 dias. Nesse meio tempo, as cotações internacionais do petróleo dispararam, levando o Brent, referência internacional negociada em Londres, a superar a barreira dos US$ 75 por barril pela primeira vez desde 2018. Na sexta, a cotação estava em US$ 76,17. “Se não houver o reajuste, será uma sinalização muito ruim para o mercado”, disse antes do anúncio o presidente da entidade, Sérgio Araújo. Após o reajuste, diz a Abicom, as defasagens cairão para 7% na gasolina e 3% no diesel. Um dia antes, o jornal Folha de S.Paulo publicou levantamento feito pelo Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) que já indicava que a estatal vem evitando repasses imediatos das volatilidades externas após a mudança no comando da companhia. Os dados mostram, por exemplo, que a empresa deixou de acompanhar um repique nas cotações internacionais no início de maio, quando o preço médio praticado em suas refinarias chegou a ficar R$ 0,08 por litro abaixo do valor de referência calculado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Em nota, a estatal diz que o alinhamento ao mercado internacional é fundamental para garantir o abastecimento, mas que “busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”. “Os preços praticados pela Petrobras seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, afirmou a empresa.

* Com informações da Folhapress

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