A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (5) um reajuste de 5,9% no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - o popular gás de cozinha. Com isso, o preço do produto subirá R$ 0,20 por quilo, para R$ 3,60 - ou R$ 46,80 o botijão de 13 quilos vendido para as distribuidoras, a partir desta terça-feira (6). De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocumbustíveis (ANP), o gás de cozinha encerrou julho com preços que chegaram a R$ 92 em Alagoas entre os três municípios pesquisados no mês passado. Na média, o botijão de 13kg foi vendido no Estado a R$ 86,09. O menor valor foi achado em Maceió, a R$ 77. Já o preço mais alto foi registrado em Delmiro Gouveia - Sertão alagoano - a R$ 92. Em todo o País, o valor médio mais alto para o gás de cozinha foi encontrado no Mato Grosso (R$ 109,37). Já o preço médio mais baixo ficou com o estado do Rio de Janeiro (R$ 80,88). No Nordeste, o preço médio mais alto foi registrado no Piauí (R$ 94,58). Já o preço médio mais baixo foi encontrado na Bahia (R$ 81,97).
Este é o décimo quinto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha nas refinarias da Petrobras, após um período de queda no início da pandemia. Desde o início do governo Bolsonaro, o produto vendido pela estatal acumula alta de 66%. O anúncio dos reajustes ocorre após questionamentos no mercado sobre a política de preços da companhia, que começou a observar prazos mais longos antes de decidir por mudanças. A Petrobras afirma que evita repassar imediatamente a volatilidade externa aos preços do mercado interno, mas busca o equilíbrio de seus valores com o mercado internacional e a taxa de câmbio. Segundo a estatal, tal alinhamento “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes setores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileira”. Até chegar aos consumidores finais, os preços cobrados nas refinarias da Petrobras na venda às distribuidoras são acrescidos de impostos, custos para a mistura obrigatória de biocombustível, margem de lucro de distribuidoras e revendedoras e outros custos. “Para o GLP especificamente, conforme Decreto nº 10.638/2021, estão zeradas as alíquotas dos tributos federais PIS e Cofins incidentes sobre a comercialização do produto quando destinado para uso doméstico e envasado em recipientes de até 13 kg”, explica a Petrobras, que acrescenta que, no caso do GLP, o preço final é acrescido do custo de envase nas distribuidoras.