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Nº 5856
Economia Em junho, o saldo da balança comercial alagoana registrou deficit de US$ 46,88 milhões

BALANÇA COMERCIAL DE AL REGISTRA DEFICIT DE R$ 1 BILHÃO NO SEMESTRE

De janeiro a junho deste ano, as empresas alagoanas importaram mais do que exportaram, apontam dados do Ministério da Economia

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 10/07/2021 - Matéria atualizada em 10/07/2021 às 04h00

O saldo da balança comercial de Alagoas - medido pela diferença entra as importações e exportações - encerrou o primeiro semestre com um deficit de US$ 197 milhões (o equivalente a R$ 1,03 bilhão no câmbio atual). De acordo com os dados divulgados na quarta-feira (7), pela Secretaria do Comércio Exterior do Ministério da Economia, de janeiro a junho deste ano, as empresas alagoanas exportaram US$ 207,1 milhões (cerca de R$ 1,08 bilhão).

O volume é 8,2% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Já as exportações registraram crescimento de 22,3% no período, alcançando US$ 404,1 milhões (o equivalente a R$ 2,10 bilhões).

De acordo com o levantamento do ministério, no mês passado as exportações alagoanos movimentaram US$ 2,26 milhões - volume 41% menor do que os US$ 3,83 milhões movimentados em junho do ano passado.

Já as importações feitas pelas empresas locais movimentaram US$ 49,14 milhões em junho deste ano - valor 21,3% maior do que o movimentado no mesmo mês do ano passado. Com isso, somente no mês passado o deficit da balança comercial alagoana atingiu US$ 46,88 milhões no período.

Nos seis primeiros meses do ano, o açúcar foi responsável sozinho por 94% de todas as exportações alagoanas - o equivalente a US$ 194 milhões. Apesar disso, o envio do produto pro comércio exterior registrou uma retração de 3,89% em relação ao primeiro semestre do ano passado, o equivalente a US$ 7,86 a menos entre um período e outro.

Em todo o País, a balança comercial registrou o melhor saldo da história para o primeiro semestre, desde o início da série histórica, em 1989. De janeiro a junho, o país exportou US$ 37,496 bilhões a mais do que importou.

O saldo é 68,2% maior que nos seus primeiros meses de 2020, quando as exportações tinham superado as importações em US$ 22,295 bilhões. Até agora, o melhor primeiro semestre da história havia sido registrado em 2017, quando a balança comercial tinha registrado superavit de US$ 31,922 bilhões.Em junho, as exportações superaram as importações em US$ 10,372 bilhões, resultado 59,5% maior que o do mesmo mês do ano passado e montante também recorde para o mês. No mês passado, o Brasil vendeu para o exterior US$ 28,104 bilhões, alta de 60,8% sobre junho de 2020 e valor recorde para todos os meses desde o início da série histórica, em 1989. As importações totalizaram US$ 17,732 bilhões, alta de 61,5% na mesma comparação. Além da alta no preço das commodities, as exportações também subiram por causa da base de comparação. Em junho de 2020, no início da pandemia de Covid-19, as exportações tinham caído por causa das medidas de restrição social. O volume de mercadorias embarcadas, segundo o Ministério da Economia, aumentou 11,4%, enquanto os preços subiram, em média, 44% em relação ao mesmo mês do ano passado.

SETORES

Em junho, todos os setores registraram crescimento nas vendas para o exterior. Com o auge da safra de grãos, as exportações agropecuárias subiram 24,9% em relação a junho do ano passado. Os principais destaques foram café não torrado (+45,0%), soja (+23,6%) e algodão em bruto (+111,4%).Beneficiada pela valorização de minérios, as exportações da indústria extrativa aumentaram 175,8%, com destaque para minério de ferro (+172,1%), minério de cobre (+82,6%) e óleos brutos de petróleo (+208,9%), impulsionadas pela valorização do petróleo no mercado externo. As vendas da indústria de transformação subiram 38,1%, puxadas por combustíveis (+66%), aço (+110%) e aeronaves, incluindo componentes (+144%).Do lado das importações, as compras do exterior da agropecuária subiram 61,1% em junho na comparação com junho do ano passado. A indústria extrativa registrou alta de 25,5% e a indústria de transformação teve crescimento de 66,3%. Os principais destaque foram soja (+181,9%), gás natural (+434,7%), combustíveis (+216,5%) e veículos automotivos (+366,3%).O governo elevou de US$ 89,4 bilhões para US$ 105,3 bilhões a previsão de superávit da balança comercial neste ano, o que garantiria resultado recorde. As informações são da Agência Brasil.

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