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Nº 5861
Economia No acumulado do ano, há um crescimento 34,5% nas vendas de moto em Alagoas

VENDAS DE MOTOS EM ALAGOAS CRESCEM MAIS DE 200% EM JUNHO

De acordo com os dados, no mês passado foram comercializadas 606 unidades em todo o Estado, contra 201 vendidas em junho de 2020

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 14/07/2021 - Matéria atualizada em 14/07/2021 às 04h00

As vendas de motocicletas em Alagoas registraram um crescimento de 201,5% em junho deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De acordo com os dados, no mês passado foram comercializadas 606 unidades em todo o Estado, contra 201 vendidas em junho do ano passado. Na comparação com o mês anterior, quando foram comercializadas 616 unidades, as vendas de moto em Alagoas recuaram 1,62%. Entretanto, no acumulado do ano, há um crescimento 34,5%, com a venda de 3036 motocicletas. No primeiro semestre deste ano, as vendas de motos no Estado corresponderam a 32,38% do total de veículos comercializados no período. Os automóveis e veículos leves (picapes e furgões) encabeçam o ranking dos mais vendidos, com 61,9% do total. Em todo o País, segundo a Fenabrave, as vendas de moto somaram 517.154 unidades, aumento de 47,7% em relação ao mesmo período de 2020 (350.141). As categorias mais emplacadas foram Street (250.131 unidades e 48,4% do mercado), Trail (109.401 unidades e 21,2%) e Motoneta (70.503 unidades e 13,6%). Em junho, foram vendidas 106.680 motocicletas, retração de 3,3% na comparação com maio (110.376 unidades). No entanto, esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013, que teve 125.046 licenciadas. Na comparação com o junho do ano passado, que teve 45.855 unidades comercializadas, houve aumento de 132,6%.

O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, ressalta que apesar da ligeira retração de junho sobre maio, o mercado consolidou sua trajetória de recuperação no primeiro semestre. “A queda de junho sobre maio ocorreu por causa da escassez de produtos nas concessionárias em função da falta de componentes na indústria, que ainda não conseguiu retomar sua produção normal. Como resultado tivemos resultado na maioria dos segmentos”, analisou. Já o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Fermanian, ressalta que o setor mantém seu ritmo de recuperação de forma consistente. “Ainda estamos trabalhando para atender a demanda reprimida resultado da pandemia. Todas as unidades fabris trabalham para recuperar parte do atraso registrado no primeiro bimestre devido à crise sanitária enfrentada pela cidade de Manaus”, explica. Ao analisar o cenário atual, o presidente da Abraciclo afirma que o volume produtivo segue o ritmo esperado pela associação, mas não descarta a possibilidade revisar para cima a projeção anual nos próximos meses. A perspectiva atual da Abraciclo é de fabricar 1.060.000 motocicletas neste ano.

“Se necessário, isso será feito no segundo semestre. Existem condições favoráveis, mas também uma série de fatores, como o aumento dos juros, do índice de desemprego e da diminuição da renda dos brasileiros, que ainda pode impactar o mercado”, explica Marcos Fermanian. “Além disso, precisamos avaliar se o que temos hoje é uma demanda cíclica, em função da redução da produção, ou se é algo sustentável”, conclui.

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