Economia
EXPORTAÇÃO DE SOJA ALAGOANA RECUA MAIS DE 24% NA PANDEMIA
O produto foi responsável por US$ 7,93 milhões em exportações no ano passado, segundo ministério


Principal produto de exportação do Brasil e tradicional na região Centro-Oeste do país, a soja vinha ganhando lugar nas lavouras de Alagoas. Contudo, no ano passado, durante a pandemia da Covid-19, as exportações do produto em Alagoas recuaram 24,5%, na comparação com 2019, ano da última safra. Os dados são da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ainda assim, o produto foi responsável por US$ 7,93 milhões em exportações no ano passado. Em números absolutos, o recuo foi de US$ 2,57 milhões. Mesmo com o recuo, a soja foi o terceiro principal produto de exportação de Alagoas no ano passado. Perdendo apenas para açúcar e produtos da Indústria da Transformação. De acordo com dados do Ministério da Economia, a primeira safra de soja exportada em Alagoas foi em 2016 e movimentou US$ 807 mil dólares, bem abaixo do quadro atual. Em âmbito nacional, as exportações de soja em Alagoas ainda influenciam pouco no total do país, sendo responsáveis por apenas 0,028% do que foi exportado no Brasil em 2020. O Mato Grosso foi o estado brasileiro que registrou maior movimento de exportação de soja no ano passado, com US$ 7,6 bilhões comercializados. Nessa quarta-feira (14) a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou suas previsões para a balança comercial deste ano. Segundo a AEB, as exportações deverão ficar em torno de US$ 270 bilhões, com aumento de 28,7% em relação aos US$ 209 bilhões efetivados em 2020, e as importações, em US$ 202 bilhões, com expansão de 27,1% sobre os US$158,9 bilhões alcançados em 2020. Para a entidade, haverá superavit de US$ 68 bilhões, mais 33,6% em relação aos US$ 50,8 bilhões apurados no ano passado. Também nessa quarta-feira (14), a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou que as exportações do agronegócio bateram recorde para junho. Na comparação com 2020, o mês em 2021 teve alta de 25%, obtendo US$ 12,11 bilhões de aumento. De acordo com o ministério, o aumento dos preços internacionais dos produtos exportados pelo setor em mais de 30% foi o principal motivo para o recorde, já que houve queda de 4,1% no índice de quantum das exportações brasileiras. O principal produto exportado foi a soja. Apenas em grão, esse cultivo atingiu a marca inédita de US$ 5,3 bilhões, mesmo com uma redução no volume embarcado em 12,9%.
BALANÇA COMERCIAL
Conforme mostra reportagem da edição desta semana da Gazeta de Alagoas, o saldo da balança comercial de Alagoas - medido pela diferença entre as importações e exportações - encerrou o primeiro semestre com um deficit de US$ 197 milhões (o equivalente a R$ 1,03 bilhão no câmbio atual). De acordo com os dados divulgados na quarta-feira (7), pela Secretaria do Comércio Exterior do Ministério da Economia, de janeiro a junho deste ano, as empresas alagoanas exportaram US$ 207,1 milhões (cerca de R$ 1,08 bilhão). O volume é 8,2% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Já as exportações registraram crescimento de 22,3% no período, alcançando US$ 404,1 milhões (o equivalente a R$ 2,10 bilhões).
De acordo com o levantamento do ministério, no mês passado as exportações alagoanas movimentaram US$ 2,26 milhões - volume 41% menor do que os US$ 3,83 milhões movimentados em junho do ano passado.
Já as importações feitas pelas empresas locais movimentaram US$ 49,14 milhões em junho deste ano - valor 21,3% maior do que o movimentado no mesmo mês do ano passado. Com isso, somente no mês passado o deficit da balança comercial alagoana atingiu US$ 46,88 milhões no período. Nos seis primeiros meses do ano, o açúcar foi responsável sozinho por 94% de todas as exportações alagoanas - o equivalente a US$ 194 milhões. Apesar disso, o envio do produto pro comércio exterior registrou uma retração de 3,89% em relação ao primeiro semestre do ano passado, o equivalente a US$ 7,86 a menos entre um período e outro.