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Nº 5692
Economia O valor médio pago a cada família beneficiada foi de R$ 82,10 em junho, diz ministério

BOLSA FAMÍLIA INJETA R$ 338 MILHÕES NA ECONOMIA DE AL NO 1º SEMESTRE

Valor é 44% maior do que o que foi pago no mesmo período de 2020; 416.671 famílias são atendidas

Por Hebert Borges | Edição do dia 21/07/2021 - Matéria atualizada em 21/07/2021 às 04h00

O montante de recursos pagos em Alagoas referente ao programa Bolsa Família aumentou 44,7% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério. Os números apontam que o governo federal já pagou R$ 338 milhões aos alagoanos este ano, ante R$ 223,5 milhões no ano passado. De acordo com o Ministério da Cidadania, somente em junho foram pagos R$ 34,2 milhões a 416.671 famílias. O valor médio pago a cada família foi de R$ 82,10. No ano passado o programa injetou R$ 2,9 bilhões na economia do Estado. O calendário de pagamentos do mês de junho aponta que Maceió foi o município alagoano que mais recebeu recursos do Bolsa Família, com R$ 2,8 milhões destinados às famílias da capital. Arapiraca aparece na segunda posição com R$ 1,3 milhão. Girau do Ponciano completa o ranking, com 1,2 milhão. Já as cidades com menores valores recebidos foram Feliz Deserto (R$ 24, 8 mil), Jacuípe (R$ 36,3 mil), Pindoba (R$ 47,1 mil). Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o Bolsa Família deve ter seu valor médio reajustado para cerca de R$ 300. De acordo com Bolsonaro, o aumento será na ordem de 50%. “Sabe qual a média do Bolsa Família? R$ 192, hoje o Auxílio Emergencial está em R$ 250. O que pretendemos fazer? Fixar no mínimo em R$ 300 reais o novo Bolsa Família a partir de novembro. Vai ser um aumento [de] mais de 50%. É pouco? Sei que é pouco, mas é o que a nação pode dar. Estamos prevendo em torno de 22 milhões de pessoas recebendo Bolsa Família a partir de dezembro. É um número assustador”, declarou, em entrevista à rádio Itatiaia. O presidente havia anunciado em meados de junho os novos valores do benefício. Na ocasião, ele também havia confirmado a última prorrogação do auxílio emergencial, que foi posteriormente efetivada e que deve vigorar até outubro. Na entrevista, o presidente foi questionado se pretende mudar o programa social de nome. Conselheiros de Bolsonaro têm argumentado que o Bolsa Família ainda é fortemente associado aos governos do PT, principalmente no Nordeste.

“Alguns falam em mudar de nome, para tirar... Eu não estou preocupado em mudar de nome, eu quero atender a população”, disse o presidente.

O Bolsa Família foi criado a partir da unificação de diferentes ações sociais. O lançamento ocorreu no final de 2003. Turbinar o programa é considerado uma das principais estratégias para a campanha de reeleição de Bolsonaro. As pesquisas de opinião atuais mostram amplo favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação é que o incremento no programa social deve ajudar Bolsonaro a melhorar sua popularidade.

MAIOR NÚMERO

Dados do Ministério da Cidadania apontam ainda que Alagoas alcançou no último mês de abril o maior número da série histórica de famílias em situação de rua inscritas no Cadastro Único do governo federal, que teve início em agosto de 2012. De acordo com os números, 980 famílias alagoanas vivem nas ruas e contam com algum benefício do governo federal para sobreviver. Os dados mostram que, no começo da pandemia, em março de 2020, eram 925 famílias cadastradas. Ou seja, um ano e um mês depois houve um acréscimo de mais 75 famílias. Entre elas, 507 são de Maceió. Entre as capitais brasileiras, Maceió é a 8ª com menos famílias cadastradas.

ENTIDADES COBRAM

Diante da situação extrema, dezenas de entidades fizeram um ato simbólico contra a fome na última terça-feira (13) em frente ao Palácio República dos Palmares, no centro de Maceió, para cobrar do Governador do Estado, Renan Filho, a criação de um plano emergencial para se utilizar os recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) na ajuda a 500 mil pessoas que vivem na linha da pobreza em Alagoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na oportunidade foi protocolado um manifesto, direcionado ao governador, com este pedido.

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