A melhoria do sistema de transporte é um sonho para muita gente. Para Andressa Maria da Silva, de 19 anos, moradora do Jacintinho, andar de ônibus é caro, mas ainda é o meio de transporte mais barato para o trabalhador.
“Quando chegamos no final do mês e fazemos as contas dos valores que foram gastos, o transporte acaba pesando muito no bolso. Considero que a passagem é cara, porque, muitas vezes, andamos em pé, sem nenhum tipo de conforto, com o ônibus lotado. Apesar disso, ainda é o meio mais barato para andar em Maceió”, afirma Andressa, que confessa já ter deixado de ir a muitos locais para economizar no transporte. De acordo com o assessor jurídico do Sinturb, Fernando Paiva, após muitos anos de tentativa, finalmente as discussões com a Prefeitura de Maceió para que haja desonerações e custeios por parte do poder público começaram a engrenar nesta gestão. “As empresas de ônibus vêm sofrendo com a queda do número de usuários nos últimos anos e precisam ser subsidiadas, sendo necessário que haja investimento do setor público, como a não cobrança do ISS [Imposto Sobre Serviços], o subsídio do transporte dos estudantes e a isenção do IPVA [Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores] e do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] do óleo diesel, por exemplo”, destaca Fernando Paiva, ressaltando que os diálogos estão acontecendo com a prefeitura. Ele fala ainda sobre a importância da implantação da tarifa módica em Maceió, que é aquela que não é atrelada aos custos e só é possível de ser alcançada com o subsídio dos entes públicos. Segundo o Sinturb, a modicidade tarifária é um desejo de todos os entes envolvidos na questão do transporte na capital, pois trará benefícios não só para os usuários, mas também para as empresas.
“Em resumo, é necessário inserir o poder executivo de forma mais firme na composição da tarifa. Somente por meio de subsídios e desonerações conseguiremos alcançar o que o Ministério Público, as empresas e a própria prefeitura tanto desejam, que é a modicidade tarifária, ou seja, um valor que os passageiros podem pagar, mesmo que estejamos em um momento em que os custos não param de aumentar”, afirma o Sinturb. HB/JB