Economia de energia ap�s racionamento chega a 11%
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Por | Edição do dia 12/04/2002 - Matéria atualizada em 12/04/2002 às 00h00
Brasília A população está economizando, neste período pós-racionamento, cerca de 11% em relação à previsão feita pelo governo do que seria um gasto normal. A principal responsável pela economia é a cultura criada no período de economia forçada de energia. Segundo o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Mário Santos, o governo estabeleceu uma referência de gasto para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste, por exemplo, de 26.260 megawatts (MW) médios, já considerando uma economia voluntária de 7%, advinda do hábito adquirido no período de racionamento, de evitar desperdício. Como o consumo tem ficado, em média, 4% abaixo dessa referência, a economia está em torno de 11%. A mesma avaliação pode ser feita para o Nordeste, que vem consumindo, neste mês de abril, 6,7% a menos do que a referência estabelecida para a região, de 5.928 MW médios. Os hábitos criados pelo racionamento foram mais incorporados do que pensávamos, afirmou Santos. Clima Segundo ele, no Nordeste, a economia foi influenciada também por temperaturas mais baixas do que as normais nesta época. Ele disse que as condições dos reservatórios que abastecem as hidrelétricas nas regiões citadas dão uma posição segura ao governo quanto à garantia do fornecimento de energia este ano. Os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste atingiram ontem 70,83% de sua capacidade máxima, o que significa 18,50 pontos percentuais acima do limite de segurança estabelecido pelo governo. No Nordeste, o nível dos reservatórios chegou a 65,52%, o que representa 16,19 pontos percentuais acima da curva guia.