O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) acumula alta de 21,73% nos últimos doze meses em Alagoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na terça-feira (10) foi divulgada a variação do mês de julho, que subiu 0,71% no mês de julho em Alagoas. Já o acumulado de janeiro a julho ficou em 12,27%. O custo da construção por metro quadrado em Alagoas, que no mês de junho havia fechado em R$ 1.288,24, passou para R$ 1.297,36 em julho, sendo R$ 814,60 relativos aos materiais e R$ 482,76 à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou variação de 1,13% em Alagoas no mês de julho, registrando queda de 0,36 ponto percentual em relação à variação observada no mês anterior (1,49%). Considerando o índice de julho de 2020 (1,07%), houve estabilidade. Já a parcela de mão de obra ficou estável no estado no mês de julho. No Brasil, o Sinapi subiu 1,89% em julho, terceira maior alta do ano, mas 0,53 ponto percentual abaixo da taxa do mês anterior (2,46%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 22,60%, resultado acima dos 20,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e o maior da série histórica. O acumulado de janeiro a julho ficou em 13,49%. Em julho de 2020, o índice foi 0,49%. “Os indicadores acumulados estão apresentando maiores valores e crescendo sucessivamente porque estamos substituindo meses com menores índices de 2020. Além de haver uma diferença grande nas taxas mensais, não houve, até agora, nenhum mês em 2021 cujo índice tenha sido menor do que os verificados em 2020. Desde novembro de 2020, quando ficou em 8,30%, este acumulado vem registrando mensalmente as maiores taxas da série”, destaca gerente do Sinapi, Augusto Oliveira. A parcela dos materiais apresentou variação de 2,88% no país, alta de 0,52 ponto percentual em relação ao mês anterior (2,36%). Considerando o mês de julho de 2020 (0,48%), houve aumento de 2,40 pontos percentuais. “Os materiais continuam com altas sucessivas nos preços em todo o país. A alta é generalizada em todos os segmentos e de forma contínua em todos os estados, sobretudo do Sudeste. As altas têm se mantido ao longo do ano com um foco em produtos básicos derivados do aço e condutores elétricos, derivados do cobre, ambos insumos que são commodities minerais. Essas matérias primas estão impactando muito o preço dos produtos que as utilizam”, analisa o gerente do Sinapi.
Ele destaca ainda que há sobretudo um crescimento das pequenas obras e no setor imobiliário, que tem apresentado muitos lançamentos, conforme matérias na imprensa. “Esse aumento na demanda podem ser uma das justificativas para as elevações nos preços dos insumos da construção civil”, completa Oliveira.
MAIOR ALTA
A região Sudeste, com alta observada na parcela dos materiais em todos os estados, ficou com a maior variação regional em julho, 2,25%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,29% (Norte), 1,56% (Nordeste), 1,90% (Sul), e 1,98% (Centro-Oeste). Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.400,82 (Norte), R$ 1.364,47 (Nordeste), R$ 1.516,02 (Sudeste), R$ 1.521,78 (Sul) e R$ 1.406,76 (Centro-Oeste). Entre os estados, o Mato Grosso do Sul apresentou a maior variação mensal, 3,58%, devido à alta tanto na parcela dos materiais como na mão de obra; seguido pelo Ceará (3,28%), sob impacto da alta dos materiais e dissídio coletivo. O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação. As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.