Palocci admite mudar metas de infla��o
Brasília O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse ontem que a meta de superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2005 e 2006 resulta de uma decisão de governo e não de uma exigência do Fundo Monetário Internacional. É o sufici
Por | Edição do dia 31/03/2004 - Matéria atualizada em 31/03/2004 às 00h00
Brasília O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse ontem que a meta de superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2005 e 2006 resulta de uma decisão de governo e não de uma exigência do Fundo Monetário Internacional. É o suficiente para melhorarmos a dinâmica da dívida e trabalharmos com juros cada vez menores, explica. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro acrescentou que defende superávit primário de 4,25% por muitos anos ainda, uma vez que a taxa anterior, de 3,65%, é insuficiente. Palocci também admitiu a possibilidade de discutir aperfeiçoamentos do sistema de metas de inflação, mas alertou: Os pilares da política econômica não podem mudar, para o bem do País. Ele não fechou a porta ao debate proposto pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), que quer elevar a meta de inflação de 2005 dos atuais 4,5% para 5,5%, mantendo-a em 2006. No entanto, fez alguns contrapontos à idéia. Se acharmos que podemos reduzir o juro e daí evoluir para o crescimento, poderemos cometer o pior dos erros, alertou. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), também defendeu a política fiscal adotada pelo governo, afirmando que o Brasil obteve um resultado espetacular no controle inflacionário.