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Nº 5854
Economia Em setembro do ano passado, devido às restrições da pandemia, a ocupação foi de 49%

OCUPAÇÃO HOTELEIRA EM AL DEVE CHEGAR A 81% EM SETEMBRO

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis vê retorno de turistas com otimismo e prevê recuperar 2.233 postos de trabalho até dezembro

Por Maylson Honorato | Edição do dia 31/08/2021 - Matéria atualizada em 31/08/2021 às 04h00

Com o avanço da vacinação em todo o Brasil e uma maior sensação de segurança para viajar, a ocupação hoteleira em Alagoas deve chegar a 81% no mês de setembro, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH-AL). Em setembro do ano passado, a ocupação foi de 49%. A Abih-AL conta com 86 empreendimentos associados que, juntos, disponibilizam 16,47 mil leitos em todo o Estado. A expectativa da associação é que o percentual de ocupação continue crescendo até o final do ano, conforme avancem as medidas de controle contra o novo coronavírus. Apesar de comemorar o expressivo aumento na procura por Alagoas como destino turístico, o presidente da Abih-AL, André Santos, diz que a taxa de ocupação em setembro está relacionada aos cancelamentos e remarcações que ocorreram durante toda a pandemia em curso. Em abril deste ano, por exemplo, o número de cancelamentos de reservas chegou a 50%. “Muitas dessas reservas de setembro vieram de remarcação. Mesmo assim, enxergamos com otimismo, observando que aumentou também a sensação de segurança para viajar e a vacinação continua avançando”, diz. Para o representante da Abih-AL, as flexibilizações em relação aos horários de funcionamento de serviços de entretenimento têm motivado turistas a virem pela primeira vez ou voltarem ao estado. O setor, segundo André Santos, espera que no próximo decreto do Governo do Estado, o horário de funcionamento de bares e restaurantes vá de meia-noite para 2h. “Outro ponto para esse resultado foi a divulgação do nosso destino nos estados emissores, o que fez aumentar o desejo dos turistas. Primeiro, precisamos conquistar esse desejo de vir para cá, porque há demanda reprimida no turismo, isso é fato. Com isso, vários destinos estão tendo esse aumento na procura e, claro, Alagoas não poderia ficar de fora. A tendência é aumentar bastante até o final do ano”, afirma o presidente da Abih-AL.

GERAÇÃO DE EMPREGO

No último ano, em virtude da pandemia, o setor hoteleiro de Alagoas fechou 2.233 postos de trabalho, de acordo com a Abih-AL. Por essa razão, a volta do interesse e a perspectiva de ocupação em setembro reforça que há uma retomada em curso, o que tem animado os empresários. De acordo com André Santos, o trade já voltou a contratar. “Apesar das dificuldades. O valor da diária não está bom. Ainda estamos, praticamente, com as tarifas de 2019, antes da pandemia”, afirma o presidente. “Mesmo assim já voltamos a contratar. A tendência é retomar os postos de trabalho, quantitativamente, que existiam antes da pandemia. Acredito que até o final deste ano isso acontecerá”, completa. Ao mencionar as dificuldades enfrentadas pelo setor na retomada, André Santos afirma que o preço das passagens aéreas tem sido um empecilho para emplacar o chamado destino Alagoas. “O valor das passagens aéreas está terrível. Isso tem dificultado criar pacotes atrativos para Alagoas. As companhias aéreas estão trabalhando com preços muito altos e muito diferentes dos trabalhados para os outros estados do Nordeste”, critica.

RETOMADA

A retomada do turismo para o setor hoteleiro ganhou fôlego em julho deste ano, de acordo com um levantamento realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que trouxe uma alta de 19,4% na taxa de ocupação hoteleira entre junho e julho. O índice registrado no último mês, de 44,23%, é o maior desde o início da crise sanitária no país. O Nordeste aparece como destaque e aumentou em quase 40% a taxa de ocupação de seus hotéis, ultrapassando mais da metade dos quartos utilizados no período. Um levantamento realizado pelo Ministério do Turismo junto às representações regionais da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) também trouxe bastante otimismo para o setor em alguns estados e cidades do país. Em Alagoas, quase 77% dos quartos estavam ocupados em julho. Salvador (BA) teve 48% de suas unidades preenchidas, e no Rio Grande do Norte, o índice atingiu a marca de 51%. Em São Luís (MA) e Fortaleza (CE), os percentuais somaram 60% e 61%, respectivamente. Na região Sudeste, o estado de São Paulo teve 39,62% de ocupação. O Rio de Janeiro ultrapassou 51% dos quartos preenchidos, com destaque para o município de Vassouras, que registrou 83% de ocupação. No Sul do Brasil, Gramado (RS) atingiu a capacidade máxima (75%). Já Florianópolis (SC) se aproximou dos índices de 2019, de 44,4%, e Foz do Iguaçu (PR) teve o maior índice registrado desde setembro do ano passado, com 35,5% de ocupação.

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