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Economia Mais da metade das motocicletas vendidas são utilizadas para comercio, informa Fenabrave

PANDEMIA E DELIVERY FAZEM VENDA DE MOTOS CRESCER 27% EM ALAGOAS

Levantamento da Fenabrave revela que de janeiro a agosto foram vendidas 4,5 mil unidades no estado

Por Carlos Nealdo com Agência Brasil | Edição do dia 15/09/2021 - Matéria atualizada em 15/09/2021 às 04h00

A pandemia de Covid-19 e o aumento de entrega de alimentação em domicílio contribuíram para aumentar a venda de motocicletas em Alagoas, segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De janeiro a agosto deste ano, foram vendidas no estado 4.506 unidades, um aumento de 27% em relação o número comercializado no mesmo período do ano passado. De acordo com o levantamento da Fenabrave, apenas em agosto foram vendidas 628 motocicletas, número 10% inferior ao registrado em agosto do ano passado, quando foram comercializadas 698 unidades. Na comparação com o mês anterior, o volume de vendas recuou 25,3%. Em todo o País, a venda de motos registrou uma alta de 37,8% no acumulado do ano, atingindo 732,6 mil unidades. Em agosto, foram comercializadas 102,7 mil motos, uma alta de 7% em relação a agosto do ano passado. De acordo com os dados, a média diária de vendas em agosto, que teve 22 dias úteis, foi de 4.657 motocicletas, 9% inferior ao do mês anterior, que contou com o mesmo número de dias úteis (5.115 unidades por dia). Na comparação com agosto do ano passado, que também teve 22 dias úteis, houve alta de 6,8% (4.362 motocicletas por dia). A categoria mais vendida, com 50.392 unidades, foi a Street. Esse volume corresponde a 49,2% do total do mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail (20.207 unidades e 19,7% do mercado), seguida pela Motoneta (14.073 unidades e 13,7%). De acordo com o Presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, cerca de 55% das vendas de motocicletas se destinam ao uso comercial, o que prova a consolidação deste tipo de veículo para transporte de mercadorias. Além disso, muitas pessoas têm optado pela compra da motocicleta como opção econômica para deslocamento individual, em substituição ao transporte público, tanto para trabalho como para o lazer. “Esse mercado segue aquecido. A queda registrada no mês de agosto é, basicamente, resultado da baixa oferta de motocicletas, devido aos gargalos de produção. Atualmente, o agendamento da entrega de motocicletas novas está entre 40 e 50 dias”, afirma.

PRODUÇÃO

Nesta terça-feira (14), a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo informou que a produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM) chegou a 123.722 unidades em agosto, o que representa 30,2% a mais do que em julho, quando foram produzidas 95.025 unidades. O número é também 25,8% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (98.358 unidades). Esse foi o segundo melhor resultado do ano, ficando atrás apenas de março, quando saíram das linhas de montagem 125.556 motocicletas. No acumulado do ano foram fabricadas 787.610 motocicletas, alta de 33,8% na comparação com o mesmo período de 2020 (588.495 unidades). Segundo a entidade, esse é o melhor resultado para os oito primeiros meses do ano, desde 2015 quando a produção totalizou 913.972 motocicletas. “Os números comprovam a retomada do setor e o esforço para atender os consumidores. As fabricantes trabalham para atender a demanda do mercado, que segue em alta, especialmente por modelos de entrada e de baixa cilindrada, muito utilizados como instrumentos de trabalho e transporte de baixo custo”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. Acrescentou que o setor está reagindo. “A motocicleta é mais barata, tem baixo custo de manutenção e permite deslocamentos mais rápidos na comparação com os carros. Aliado a isso, a alta dos combustíveis está levando muitas pessoas a preferirem o guidão. Estamos atentos, pois a alta dos juros, o aumento da inflação e a explosão dos preços também poderão afetar o setor”, afirmou.

EXPORTAÇÕES

As exportações caíram 7% em agosto, com o embarque de 5.607 unidades ante as 6.026 de julho. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado houve alta de 8,5% (5.167 unidades). Os Estados Unidos foram o principal mercado, com 1.924 motocicletas e 29,7% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (1.876 unidades e 29% do volume exportado), seguida pela Colômbia (1.512 motocicletas e 23,4%). No acumulado do ano, as exportações somaram 37.893 unidades, alta de 88% na comparação com o mesmo período de 2020 (20.157 motocicletas), sendo o principal destino a Argentina, que recebeu 11.321 motocicletas, o que corresponde a 29,6% das exportações. Na sequência vieram a Colômbia (8.551 unidades e 22,3% do total exportado) e os Estados Unidos (8.494 motocicletas e 22,2%).

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