Combustíveis
PREÇO DA GASOLINA SE APROXIMA DOS R$ 7 NOS POSTOS DE MACEIÓ
Valor do combustível está variando entre R$ 5,889 e R$ 6,899 nos 44 postos pesquisados pela ANP


O preço da gasolina comum vendida em Alagoas já se aproxima dos R$ 7 em alguns postos da capital alagoana, segundo levantamento divulgado no sábado (25), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com os dados, o valor do combustível está variando entre R$ 5,889 e R$ 6,899 nos 44 postos pesquisados na semana passada. Em média, na semana passada o litro da gasolina comum foi comercializado no Estado por R$ 6,111 - um aumento de 1% na comparação com a semana anterior. No mês, o valor do combustível vendido em Alagoas acumula alta de 1,4%. Na semana passada, o valor mais baixo para a gasolina comum foi encontrado em Arapiraca, a R$ 5,889. Já o preço mais alto foi registrado na capital alagoana, a R$ 6,899. De acordo com a ANP, três estados brasileiros já registram preços acima dos R$ 7 para a gasolina. O Rio Grande do Sul registrou a maior alta, com preço máximo a R$ 7,236. Em seguida aparecem o Rio de Janeiro, com preço máximo a R$ 7,159, e Acre (R$ 7,130). Em todo o País, o preço médio da gasolina subiu nos postos de combustíveis pela oitava semana seguida. O valor permanece acima da marca de R$ 6 por litro, conforme levantamento da ANP. Nas bombas, a média de valor da gasolina comum atingiu R$ 6,092 por litro nesta semana, ante R$ 6,076 na semana anterior.
ETANOL
O levantamento da ANP mostra ainda que o preço do etanol hidratado vendidos nos postos alagoanos ficou estável na semana passada, ante a semana anterior. Nesse período, o valor médio do combustível derivado da cana-de-açúcar saiu de R$ 5,434 para R$ 5,419, uma leve alta de 0,2%. Nos quarenta postos alagoanos pesquisados pela agência reguladora, o preço do etanol variou entre R$ 5,099 e R$ 5,990. Tanto o preço mais baixo quanto o mais alto foram registrados nos postos de combustíveis da capital alagoana. Em todo o País, o preço do etanol ao consumidor final ficou em R$ 4,715 o litro na semana de 19 a 25 de setembro, ante R$ 4,701 o litro na semana anterior (12 a 18 de setembro), alta de 0,29%. O estado do Rio Grande do Sul teve o etanol mais caro na média do país, a R$ 6,147 por litro. O preço máximo entre os estados brasileiros para o etanol foi verificado no mesmo estado: R$ 7,099 o litro. Já em São Paulo, principal estado produtor de etanol do Brasil, o preço médio do biocombustível ficou em R$ 4,516 o litro, ante R$ 4,504 (+0,26%) o litro na última semana, o mais barato do país.
COLETIVA
Nesta segunda-feira (27), o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, disse, em entrevista coletiva, que a participação média da companhia no valor do litro da gasolina, que chega a R$ 7 em algumas cidades brasileiras - é de cerca de R$ 2. Da mesma forma, o valor da parte da estatal no litro do diesel é de R$ 2,49 e, no preço do botijão de 13 kg do gás de cozinha, é de R$ 46,90.
Segundo Silva e Luna, há um conjunto de fatores que impacta diretamente o país, “quase como uma tempestade perfeita”: crise da pandemia, período de baixa afluência hídrica com impacto na energia e uma elevada alta nas commodities, incluindo petróleo e gás. “A Petrobras recebe cerca de R$ 2 por litro [de gasolina] na bomba. Essa parcela, que corresponde à Petrobras, se destina a cobrir o custo de exploração, de produção e refino do óleo, investimentos permanentes, juros da dívida, impostos e participações governamentais”, explicou durante apresentação ao vivo pela internet, que também contou com a participação de diversos diretores da empresa. Segundo a estatal, do total do preço do litro da gasolina, somente 34% são referentes à Petrobras e os outros 66% são formados por outros componentes de custo, incluindo impostos e margem de lucro das empresas. No caso do diesel, a parcela da empresa fica em 52%, sendo os demais 48% relativos aos demais fatores de mercado. Na formação do preço do botijão de gás GLP de 13 kg, a Petrobras fica com 48% do preço, com os outros 52% ficando por conta das empresas de envase, distribuição, revenda e impostos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Perguntado sobre como a Petrobras poderia contribuir para a redução nos preços dos combustíveis e do GLP, Silva e Luna explicou que esses debates são afeitos ao Ministério de Minas e Energia, ao Ministério da Economia e à Casa Civil, cabendo à estatal do petróleo garantir saúde financeira, recolhimento de impostos e distribuição de dividendos aos acionistas. Ele reiterou que não há mudança na política de preços da companhia. “Continuamos trabalhando da forma como sempre. A maneira que a Petrobras acompanha o preço da paridade internacional do [petróleo tipo] Brent, as mudanças em relação ao câmbio, a análise permanente para ver se isso são [fatores] conjunturais ou estruturais, essa mudança não existe”, disse. As informações são da Agência Brasil.