Cota��o do Petr�leo recua 6% com ren�ncia de Ch�vez
As cotações do petróleo caíram nesta sexta-feira 6,08% no mercado futuro de Nova York, deixando o preço do barril a US$ 23,47. O motivo de tamanha desvalorização é a queda de Hugo Chávez da presidência da Venezuela, que traz à tona um temor de forte aumen
Por | Edição do dia 13/04/2002 - Matéria atualizada em 13/04/2002 às 00h00
As cotações do petróleo caíram nesta sexta-feira 6,08% no mercado futuro de Nova York, deixando o preço do barril a US$ 23,47. O motivo de tamanha desvalorização é a queda de Hugo Chávez da presidência da Venezuela, que traz à tona um temor de forte aumento da produção nesse país sul-americano. O preço do cru de referência (light sweet crude) para entrega em maio caiu US$ 1,52 a US$ 23,47 o barril, depois de perder US$ 1,14 a US$ 24,99 na quinta-feira. A saída de Chávez, defensor da Opep, da Presidência da Venezuela, reacendeu os temores no mercado quanto à possibilidade de o quarto maior exportador mundial de petróleo retomar seus hábitos antigos de desrespeitar cotas de produção, e, com isso, desencadear uma nova guerra de preços no cartel. Especialistas do setor acreditam que a Venezuela já não tem condições de repetir os níveis exagerados de superação de cotas verificados no final dos anos noventa, quando uma guerra de preços na Opep levou o preço do óleo cru a mergulhar para menos de US$ 10 o barril, o mais baixo em uma década. Mas eles disseram que o próximo governo na Venezuela pode deixar de aplicar rigorosamente as cotas impostas pela Opep, que Chávez respeitava, e, pouco a pouco, recapturar os mercados perdidos durante os três anos de Chávez na liderança do país. A primeira coisa que precisamos fazer é restaurar a operação plena de nossos campos petrolíferos e refinarias, disse de Caracas, o ex-ministro do Petróleo Humberto Calderón Berti. A greve dos empregados da estatal petrolífera foi um dos elementos que ajudou a derrubar Chávez do poder.