Telefonia
MACEIÓ PRECISA DE 10 TORRES PARA IMPLANTAR 5G ATÉ JULHO DE 2022
Das 27 capitais brasileiras, apenas sete têm legislações para instalação de infraestrutura para tecnologia


Maceió precisará contar até o final de julho do ano que vem com ao menos 10 torres de telefonia específicas para implementar o 5G na capital. A meta está no edital do serviço publicado este ano pelo governo federal. O cronograma prevê que as capitais precisam ter torres na proporção mínima de uma estação para cada cem mil habitantes. Levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que reúne empresas de telecomunicações e de conectividade, indica que das 27 capitais brasileiras, apenas sete têm legislações para instalação de infraestrutura e antenas preparadas para a chegada do 5G: Boa Vista, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Palmas, Porto Alegre e Porto Velho.
No caso de Maceió, o levantamento aponta média aderência à Lei Geral de Antenas. À Gazeta, o secretário de Governança de Maceió, Antônio Carvalho, revelou que está trabalhando em uma nova versão de lei para enviar à Câmara dos Vereadores ainda este ano. A Lei de Antenas de Maceió é considerada recente, já que possui sete anos. Segundo ele, a nova legislação irá deixar a cidade ainda mais moderna e favorecer a implantação do 5G o mais rápido possível. “Além disso, a Prefeitura tem trabalhado para dar mais eficiência aos processos internos de licenciamento, que também envolvem a liberação para instalação de antenas para o 5G”. A TIM, uma das empresas que ganhou o bloco do leilão do 5G, disse que em alguns casos, as antenas do 5G serão acopladas às antenas já existentes, que serão adaptadas para funcionar em paralelo com a nova infraestrutura de conexões. Segundo a empresa, são três os desafios quanto à realidade do 5G. “O primeiro está relacionado à infraestrutura e trata da conexão entre a fibra e a antena, no que chamamos de última milha. São as dificuldades encontradas para implementação especialmente pelas dimensões continentais do Brasil e as diferentes realidades encontradas pelo País. O segundo trata da necessidade da regulamentação da Lei das Antenas - que estabelece normas gerais para instalação de torres e antenas de celular, essenciais para aumentar a cobertura e melhorar o sinal da telefonia móvel atual e suportar requisitos da 5G. Isso porque ainda existem legislações obsoletas e que impedem a expansão da rede pelo País. E o terceiro desafio está relacionado ao ecossistema: para aproveitar todos os benefícios do 5G é preciso conciliar a cobertura de rede, dispositivos com preços mais acessíveis (smartphones, por exemplo) e aplicações que façam usufruto dessa rede."