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Economia Mais de 394 mil alagoanos estavam na extrema pobreza no ano passado, segundo o IBGE

POBREZA EXTREMA EM ALAGOAS É A TERCEIRA MAIOR DO PAÍS, DIZ IBGE

A situação de Alagoas só não é pior do que a do Maranhão, que lidera o ranking de extrema pobreza, com 14,4%, e do Amazonas, com 12,5%

Por Hebert Borges | Edição do dia 04/12/2021 - Matéria atualizada em 04/12/2021 às 04h00

A proporção de alagoanos que vivem em extrema pobreza é a terceira maior do Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2020. Segundo o instituto, 11,8% dos alagoanos vivem nessa condição, que é quando a pessoa sobrevive com até R$ 155 por mês. Ou seja, de cada 100 alagoanos, 11 vivem nestas condições. Considerando uma população de 3,34 milhões de habitantes no estado, mais de 394 mil estavam na extrema pobreza no ano passado. A situação de Alagoas só não é pior do que a do Maranhão, que lidera o ranking de percentual da população em extrema pobreza, com 14,4%, seguido pelo Amazonas, com 12,5% e o terceiro lugar é ocupado por Alagoas e Pernambuco, com 11,8%. Em 2020, o país tinha, considerando-se a linha de extrema pobreza do Banco Mundial, 12 milhões de pessoas (5,7% da população) nessa condição. Os dados divulgados pelo IBGE na sexta-feira (3) fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais. Os números mostram também que Alagoas tem o terceiro pior rendimento médio entre os trabalhadores (R$ 1.568). Em nível nacional, o rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 2.372. No caso de Alagoas, esse rendimento muda a depender da forma de trabalho. Isso porque, enquanto o rendimento médio do trabalhador com carteira assinada é de R$ 1.569 em Alagoas, o de quem trabalha sem carteira assinada é R$ 949. Os dados da pesquisa apontam ainda que os alagoanos têm o terceiro pior rendimento médio por hora trabalhada, com R$ 10,3. No Brasil, apenas Piauí (R$ 9) e Maranhão (R$ 9,1) têm rendimento inferior. No topo desse ranking está o Distrito Federal, com R$ 25,2. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (R$ 17,9) e São Paulo (R$ 17,6). Em relação à população que está à procura de emprego, a pesquisa aponta que são 223 mil pessoas nessa situação em Alagoas. Desse total, a maioria (46,6%) está procurando emprego há mais de um mês e há menos de um ano. Logo em seguida aparece um outro grupo bastante significativo, que é o de pessoas que buscam emprego há mais de dois anos. Esse grupo representa 32% dos desempregados de Alagoas.

CENÁRIO NACIONAL

O IBGE atestou que de 2019 para 2020 as proporções da população na extrema pobreza e na pobreza, no Brasil, segundo as linhas do Banco Mundial, recuaram, respectivamente, de 6,8% para 5,7% e de 25,9% para 24,1% da população. Mas, sem os benefícios dos programas sociais, a proporção de pessoas em extrema pobreza teria sido de 12,9% e a taxa de pessoas na pobreza subiria para 32,1%. No país, o rendimento médio domiciliar per capita de 2020 foi de R$ 1.349, com queda de 4,3% ante 2019 (R$1.410). Em 2020, caso não houvesse programas sociais, esse rendimento teria sido 6,0% menor (R$ 1.269), e a queda em relação a 2019 seria de 8,4%.

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