app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5884
Economia Em Arapiraca, arrecadação saiu de R$ 149,2 milhões para R$ 74,1 milhões, um recuo de 50%

PAGAMENTO DE IMPOSTOS CRESCE 20% E ATINGE R$ 13,5 BILHÕES EM AL

Em todo o Brasil, a alta foi de 26%, saindo de R$ 2,59 trilhões em 2021, para R$ 2,05 trilhões em 2020

Por Hebert Borges | Edição do dia 05/01/2022 - Matéria atualizada em 05/01/2022 às 04h00

Os alagoanos pagaram 20% mais impostos em 2021, na comparação com 2020. Dados do Impostômetro, medidor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) da carga tributária dos brasileiros, apontam que foram R$ 13,5 bilhões em tributos no ano passado, ante R$ 11,2 bi em 2020. Em todo o Brasil, a alta foi de 26%. Foram R$ 2,59 trilhões em 2021, ante R$ 2,05 tri em 2020. Em compensação, quando o assunto são impostos municipais, Maceió teve redução na arrecadação, saindo de R$ 918,9 milhões em 2020 para R$ 604,6 milhões em 2021, um recuo de 34,2%. Em Arapiraca, segundo maior município de Alagoas, a arrecadação municipal saiu de R$ 149,2 milhões para R$ 74,1 milhões, um recuo de 50%. Na menor cidade do Estado, Pindoba, a arrecadação saiu de R$ 3,7 milhões para R$ 1,2 milhão, queda de 67,5%. O Impostômetro atingiu a marca de R$ 2,5 trilhões no dia 20 de dezembro do ano passado, às 07h54. O montante pago pelos contribuintes desde o primeiro dia deste ano aos governos federal, estaduais e municipais chegou 11 dias mais cedo, comparado com 2019. Em 2020, por causa da pandemia de covid-19, o valor não foi registrado. De acordo com o economista da ACSP, Marcel Solimeo, três fatores contribuem para o crescimento da arrecadação. “Temos a recuperação das atividades econômicas, comparadas com o ano anterior, que foi fraco; a inflação que está em projeção acima dos 10%, o que influi nos preços finais dos produtos; e os pagamentos de impostos que estavam atrasados”, explicou. Segundo avaliou, apesar do ritmo da arrecadação ser maior, o País vive cenário de desequilíbrio entre os gastos e a receita. “É preciso reforçar sobre a importância da reforma administrativa para que o Brasil alcance um crescimento sadio. Os gastos têm sido maiores que a receita”, disse. Por outro lado, o aumento da carga tributária também é reflexo, de acordo com a associação, da elevação dos preços dos produtos e serviços. Em nota, a entidade lembra que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 8,6% em doze meses e o Índice Geral de Preços (IGP), de 33%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vê espaço para a aprovação da Reforma Tributária no Senado em 2022. “É a unificação tributária, através de um IVA federal, no caso da PEC 110, e também um IVA subnacional que unificaria ICMS e ISS. Ela desburocratiza, ela torna clara a questão do recolhimento dos impostos, mas é um modelo que me parece inteligente e eu considero que será o caminho correto de uma reforma tributária no Brasil”. O Congresso Nacional retoma os trabalhos no dia 2 de fevereiro de 2022. E durante o recesso, a Casa funciona sob o comando de uma comissão representativa de parlamentares.

Mais matérias
desta edição