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Economia O setor da construção civil é como uma mola propulsora da economia do Brasil, ressalta o Sinduscon de Alagoas

CONSTRUÇÃO QUER INCENTIVOS PARA ATRAIR COMPRADORES

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Por Clariza Santos | Edição do dia 22/01/2022 - Matéria atualizada em 22/01/2022 às 04h00

Com a projeção de desaceleração do setor da construção civil em 2022, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon/AL) defende que os governos deem ênfase ao setor, para que seja gerado investimentos com o intuito de garantir a geração dos empregos e a ampliação de oportunidades para os compradores mais pobres. A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas – Ademi-AL mantém o otimismo no crescimento do setor. “É necessário investir mais em construção. Com o aumento da inflação, com o achatamento dos salários, naturalmente, diminui a velocidade de vendas e consequentemente de novos lançamentos. Por causa disso, o que nós estamos procurando junto aos governos é que seja dado incentivos maiores para os imóveis da classe mais baixa, que exatamente onde está situado o casa verde amarela”, disse Alfredo Brêda, presidente do Sinduscon/AL. Conforme dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), que segue a linha da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que também espera alta de 2% para o PIB setorial neste ano, após recordes de vendas e lançamentos de imóveis residenciais nos últimos dois anos, o setor está em um panorama desfavorável. “O setor da construção é como uma mola propulsora da economia do Brasil. Então nós geramos muito emprego e renda, se você comparar com os demais setores, é um dos setores que mais gera emprego. Nos últimos anos geramos cerca 350 mil empregos diretos”, contou Alfredo.

Para Brêda, o setor necessita de medidas emergenciais, para que haja um aumento na curva de subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Havendo isso, nós, com certeza, conseguiremos recuperar os compradores de um ano e meio ou dois anos atrás, por conta da renda. É essencial que haja este trabalho para que a gente volte a produzir mais imóveis, como foi feito em 2021 e que o ano de 2022 seja muito mais promissor, que a gente consiga realmente atingir nossas metas e manter, no mínimo, os empregos que foram gerados nos últimos dois anos, sendo cerca de 500 mil empregos, e que a gente consiga ampliar o número de empregos. Esse é o principal objetivo”, diz.

O presidente do Sinduscon disse, ainda, que o setor está naturalmente preocupado. “É um ano de eleição. A inflação atingiu a casa dos dois dígitos, os juros estão também indo para casa dos dois dígitos. Então tudo isso faz com que a gente, que faz o setor da construção e o setor imobiliário de Alagoas, tenhamos preocupação com os investimentos futuros”, acrescentou Alfredo Brêda. Apesar da projeção negativa, o presidente diz que o setor ainda acredita no ano de 2022. “Deve ser um ano de arrumação. Então o governo federal e os estaduais junto aos empresários devem procurar, de alguma forma, arrumar o país para que a inflação volte ao teto. Isso é importante para, em seguida, a gente conseguir retornar a produção mais fortemente, para que o nosso objetivo principal é manter empregos”, concluiu Brêda. Já o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas – Ademi-AL, Marcelo Saldanha diz que que, apesar de parecer pouco quando comparado aos 8% do ano passado, o crescimento de 2% ainda significa crescimento, o que não deixa de ser uma perspectiva de certa forma positiva. “Os juros devem subir mais até a metade deste ano, mas a expectativa é de que haja uma desaceleração de juros e da inflação até 2023. Para as construtoras, uma boa notícia foi o anúncio da Caixa Econômica de que pretende manter a atual taxa para o financiamento habitacional, mesmo diante do aumento da taxa Selic”, disse Marcelo.

Quanto ao mercado imobiliário, Saldanha diz que, “como se trata de um setor de longo prazo, apesar de não termos no momento um cenário tão pujante quanto o do ano passado, nos próximos meses ainda estaremos sob o efeito das ótimas vendas feitas em 2021, com as construtoras dando início às obras dos projetos que foram comercializados, o que certamente segue movimentando mão de obra e materiais de construção, por exemplo”.

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