O total de dívidas dos alagoanos, pessoas físicas e jurídicas, como o Sistema Financeiro Nacional (SFN) fechou 2021 em R$ 32,5 bilhões, de acordo com dados do Banco Central do Brasil. O maior montante é relacionado a pessoas físicas, que devem R$ 24,7 bilhões. Já as empresas em Alagoas devem R$7,7 bilhões. Nessas dívidas estão cartões de crédito, financiamentos, empréstimos e outros. Os dados do Banco Central apontam que esse montante de dívidas aumentou 20,6% na comparação com o mesmo período de 2020. Em dezembro de 2020 o saldo de dívidas dos alagoanos era de R$ 26,9 bilhões e chegou a R$ 32,5 bilhões em dezembro de 2021. O Banco Central aponta ainda que a taxa de inadimplência dessas operações de crédito em Alagoas ficou em 3,3% em dezembro do ano passado. Entre as pessoas físicas a taxa foi de 3,81%, já entre as pessoas jurídicas foi de 1,69%. Em todo o país, o volume de dívidas em relação ao crédito do SFN alcançou R$4,7 trilhões em 2021, aumento de 16,5% no ano, acelerando ante a variação de 15,6% no ano anterior. O crédito a empresas variou 11,1%, desaceleração ante 21,8% em 2020. O crédito às famílias cresceu 20,8%, acelerando ante 11,2% em 2020. Em dezembro, o crédito total variou 1,9% com aumentos de 2,3% na carteira de pessoas jurídicas e de 1,7% na carteira de pessoas físicas. Em 2021, o crédito livre para pessoas jurídicas alcançou R$1,3 trilhão, expansão de 18,3% no ano, desacelerando após um crescimento de 21,2% em 2020. Destacam-se os crescimentos nas modalidades de duplicatas e antecipação de faturas de cartão, conta garantida, aquisição de veículos e ACC. Destaque-se, também, a redução na modalidade de capital de giro até 365 dias, compensada pelo fortalecimento da modalidade acima de 365 dias. Em dezembro houve expansão de 3,6% no crédito livre a empresas, com destaque para desconto de duplicatas e recebíveis, antecipação de faturas de cartão, aquisição de veículos, aquisição de outros bens e financiamento a exportações. O crédito livre às famílias atingiu R$ 1,5 trilhão, apresentando aceleração ao crescer 22,8% em 2021, após crescimento de 10,8% em 2020. Destacam-se a expansão das modalidades crédito pessoal, aquisição de veículos e operações com cartão de crédito. Em dezembro, houve expansão de 1,9%, com destaque para as mesmas modalidades. Em 2021, o crédito direcionado atingiu R$ 1,9 trilhão, elevação de 10,8% no ano, desacelerando após crescimento de 15,9% em 2020. O comportamento foi bastante desigual entre pessoas jurídicas e físicas: enquanto as primeiras apresentaram retração de 0,3% no ano (após expansão de 22,8% em 2020), as famílias apresentaram crescimento de 18,4% (após alta de 11,7% no ano anterior). No mês, o crédito direcionado variou 0,9%, com crescimento de 1,4% para pessoas físicas e estabilidade para empresas. As concessões de crédito acumuladas no ano cresceram 19,0% em 2021, ante 5,3% no ano anterior. As contratações com empresas cresceram 15,1% no ano (10,9% em 2020) e as com pessoas físicas avançaram 22,6% em 2021 (de 0,6% em 2020). Em dezembro, as concessões somaram R$497 bilhões, apresentando retração dessazonalizada de 12,1%, com quedas tanto em pessoas jurídicas, -6,6%, quanto nas pessoas físicas, 9,3%. O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do SFN, atingiu 18,4% a.a., elevando-se 0,1 p.p. no mês e 1,6 p.p. no ano. No crédito livre não rotativo, o ICC situou-se em 24,3% a.a., variações de 0,2 p.p. em dezembro e de 1,9 p.p. em 2021. O spread geral do ICC permaneceu estável no mês, em 12,4 p.p., o que representou elevação interanual de 0,5 p.p. A taxa média de juros das contratações finalizou o ano de 2021 em 24,4% a.a., elevação de 6,0 p.p. após redução de 4,2 p.p. em 2020. O spread geral das taxas de juros das concessões situou-se em 15,8 p.p., aumento de 1,4 p.p. em 2021 após redução de 3,4 p.p. em 2020. No mês, os indicadores cresceram 0,4 p.p. e 0,5 p.p., respectivamente. No crédito livre, a taxa de juros atingiu 33,9% a.a. em dezembro de 2021, elevação de 8,4 p.p. no ano. No crédito livre às empresas, a taxa média de juros situou-se em 20,0% a.a., aumento de 8,4 p.p. no ano, destacando-se elevações em capital de giro de longo prazo (+9,1 p.p.), desconto de duplicatas e recebíveis (+6,3 p.p.), financiamento a exportações (+7,7 p.p.) e aquisição de veículos (+6,8 p.p.). No crédito livre a pessoas físicas, a taxa de juros alcançou 45,1% a.a., elevação de 7,9 p.p. no ano, com destaque para o aumento em crédito pessoal não consignado (+10,8 p.p.) e aquisição de veículos (+7,6 p.p.).