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Nº 5693
Economia Maceió, 28 de abril de 2020
Embutidos, comsumidos em supermercados. Maceió, Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

CRISE FAZ ALAGOANOS SEREM MAIS SELETIVOS NAS COMPRAS

Alimentos mais impactados pelo aumento foram o tomate (27,22%), a cebola (10,55%) e o leite longa vida (9,34%)

Por Hebert Borges | Edição do dia 14/05/2022 - Matéria atualizada em 14/05/2022 às 04h18

/Maceió, 28 de abril de 2020
Embutidos, comsumidos em supermercados. Maceió, Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 28 de abril de 2020
Embutidos, comsumidos em supermercados. Maceió, Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 28 de abril de 2020
Embutidos, comsumidos em supermercados. Maceió, Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

Quitéria cortou o iogurte, Marlene trocou óleo por banha de porco. A alta no preço dos alimentos tem afetado os hábitos alimentares dos alagoanos, como as três vizinhas citadas no começo desta reportagem. A carestia tem obrigado os consumidores a tirarem alguns produtos do carrinho de compras ou substituí-los por marcas mais baratas.

Quitéria Santos tem 45 anos e mora no Barro Duro, em Maceió, com o esposo e uma filha adolescente. Na casa, apenas o marido trabalha. Ela conta que os aumentos nos preços dos alimentos são perceptíveis. “Faço feira a cada quinze dias, é inacreditável como sempre aumenta cerca de R$10”, detalha. Ele explica que, com isso, tem se reservado a comprar apenas o básico. “Não temos mais luxo, nada de danone, granola. A gente chama luxo, mas é uma coisa tão comum que a gente não pode mais comprar”, desabafa.

Já Marlene Oliveira tem 23 anos e ganha salário mínimo. Ela mora no Clima Bom com o filho de seis anos de idade e o marido de 23, que também ganha salário mínimo. Ela diz que não consegue fechar as contas do mês se não fizer substituições. Ela cita o óleo de soja como exemplo, que chega aos R$ 10 facilmente. “Troquei o óleo por banha de porco, é mais barato e rende mais”, argumenta.

 

Consumidores reclamam dos preços e fazem substituição por marcas mais baratas
Consumidores reclamam dos preços e fazem substituição por marcas mais baratas - Foto: © Ailton Cruz
 

Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apontam que a cesta com os 35 produtos de largo consumo como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza acumula alta no primeiro trimestre deste ano. 

A entidade diz que o aumento se deve à pressão inflacionária puxada pelo repasse dos custos de produção na cadeia de alimentos. 

Especialmente pelo aumento do preço do óleo diesel, que impacta o frete na logística dos produtos. 

Em março, a cesta registrou alta de 2,40% e passou de R$ 719,06 em fevereiro para R$ 736,34 em março. Em 12 meses, a alta foi de 15,45%. 

Os alimentos mais impactados pelo aumento foram o tomate (27,22%), a cebola (10,55%), o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%) e o ovo (7,08%). As maiores quedas foram registradas nos preços do pernil (-0,51%), do açúcar refinado (-0,13%) e da carne (-0,07%).  

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