Economia
CONFIANÇA DO COMÉRCIO ESTÁ EM QUEDA HÁ 5 ANOS NA CAPITAL

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió está em seu quinto mês seguido de queda, com 114,4 pontos em maio. No final do ano passado, a taxa chegou a apresentar quatro meses de relativa estabilidade. No entanto, de dezembro, quando foram contabilizados 128,8 pontos, até o quinto mês de 2022, a retração é de 11,18%.
A pesquisa do Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o indicador ainda está acima da satisfação, muito embora tenha tido redução da confiança. O último mês que registrou um patamar menor foi maio de 2021 (98,9 pontos).
O ICEC caiu 1,8% na comparação com abril (116,6 pontos). O recuo mostra também que o resultado obtido na capital alagoana está abaixo da média do Nordeste (116,5 pontos) e da média nacional (120,2 pontos).
Para o coordenador do Instituto, Victor Hortencio, Maceió pode estar sentindo com maior intensidade o impacto econômico causado pela inflação e taxa de juros em alta. Sendo um indicador relevante para medir o estágio de crescimento econômico no setor, o “Condições Atuais do Empresário do Comércio” registrou recuo de -0,9%. O resultado foi impactado pelo subindicador “Condições Atuais do Comércio”, que teve uma variação de -1,7%.
Diante do contexto de pressão por repasse de preços ao consumidor final, originada pelo aumento dos custos com insumos, o indicador “Expectativas dos Empresários do Comércio” apresentou queda de -0,7%, assim como o seu subindicador: “Expectativa da Economia Brasileira”, com retração de -1%. Hortencio ainda ressaltou que os resultados de maio, que corroboram com a tendência de baixa no índice registrada desde o início do ano, podem ser vistos como uma espécie de alerta, tratando-se da retomada econômica após as restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
“Apesar da recuperação do fluxo de consumidores nas lojas físicas, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Maceió continua caindo. E, mesmo que o patamar ainda seja de otimismo, para o indicador voltar a se estabelecer acima dos 120 pontos, espera-se haver a implementação de estímulos que ajudem a construir uma melhor percepção futura”, disse.
*Com informações da Assessoria