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Nº 5587
Economia

PANDEMIA: POUPANÇA DAS FAMÍLIAS ENCOLHE PELA 1ª VEZ

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Por Folha de S. Paulo | Edição do dia 21/06/2022 - Matéria atualizada em 21/06/2022 às 04h00

A poupança das famílias brasileiras encolheu no primeiro trimestre de 2022, na primeira variação negativa desde o início da pandemia. Fatores como queda na renda do brasileiro, o arrefecimento da crise sanitária e o retorno ao padrão de consumo pré-Covid estão entre as explicações para esse movimento.

O saldo de poupança financeira acumulada caiu de R$ 529,6 bilhões para R$ 497,1 bilhões, uma redução de R$ 32,4 bilhões (ou 6,1%) em relação a dezembro de 2021, segundo Cemec-Fipe (Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Segundo a instituição, uma possível explicação para a queda da poupança financeira é que o controle da pandemia levou à flexibilização do distanciamento social e reduziu a incerteza, de modo que as famílias começaram a retornar gradativamente ao padrão de consumo anterior.

Na hipótese de os resultados do primeiro trimestre indicarem o início de um processo de uso da poupança acumulada para reforçar a demanda, esse movimento tem potencial para mudar as projeções do consumo e do PIB para 2022. O saldo acumulado representa cerca de 9% do consumo total de 2021.

Os dados mais recentes do IBGE mostraram que o consumo das famílias avançou no primeiro trimestre, superando o patamar pré-pandemia, e ajudou a garantir o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no período. A alta da inflação, no entanto, é uma ameaça a esse movimento.

As famílias de renda mais baixa já haviam iniciado esse processo de redução de poupança no ano passado, o que pode refletir a utilização desses recursos para complementar o orçamento doméstico, pressionado com a forte elevação dos preços de itens básicos, segundo o Cemec.

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