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ALAGOAS TEM A 3ª PIOR MÉDIA SALARIAL DO BRASIL, APONTA IBGE

Os alagoanos tiveram a terceira pior média salarial do Brasil em 2020, de acordo com dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado nessa quinta-feira(23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os assalariados de Alagoas r

Por Hebert Borges | Edição do dia 24/06/2022 - Matéria atualizada em 24/06/2022 às 04h00

Os alagoanos tiveram a terceira pior média salarial do Brasil em 2020, de acordo com dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado nessa quinta-feira(23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os assalariados de Alagoas receberam, em média, R$ 2.281,00. Esse valor só foi menor no Ceará (R$ 2.266,44) e na Paraíba (R$ 2.200,48). A média nacional foi de R$ 3.043,81. A maior média salarial do país foi registrada no Distrito Federal (R$ 6.453,20).

Os números mostram que os alagoanos com ensino superior tiveram salário médio em 2020 de R$ 4.382,85, já os que não possuíam ensino superior tiveram salário médio de R$ 1.586,85. Os dados apontam ainda que as mulheres tiveram salário médio superior ao dos homens. Elas ficaram com R$ 2.291,50, ante R$ 2.273,36.

Em relação ao perfil do empregador, a administração pública é a que paga o maior salário médio em Alagoas, com R$ 3.410,27. As entidades sem fins lucrativos pagam, em média, R$ 2.016,93. O salário mais baixo é pago pelas entidades empresariais, R$ 1.472,29.

Em todo o Brasil, a soma de salários e outras remunerações pagas por empresas e organizações totalizou R$1,8 trilhão em 2020, uma retração de 6,0% frente ao ano anterior, já corrigido pela inflação. É a maior queda da massa salarial desde o início da série histórica da pesquisa. Antes, o maior recuo havia sido registrado em 2015 (-4,8%). Em relação ao salário médio mensal, a queda foi de 3,0%. Com o resultado, a média salarial foi de R$3.043,81, o que equivale a 2,9 salários mínimos.

“Esse decréscimo, que foi generalizado entre as atividades, pode ser explicado por diversos fatores. A inflação cresceu nos três anos anteriores e não retrocedeu em 2020, ao mesmo tempo que o salário do trabalhador não sofreu esse reajuste. Isso já provocaria uma redução no salário em termos reais. Houve também a forte retração da atividade econômica e uma taxa de desocupação no maior patamar de toda a série histórica”, explica o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira.

Os maiores salários foram pagos no Distrito Federal, com média de 5,3 salários mínimos, e no Amapá, com 3,7 s.m. Essas duas Unidades da Federação foram seguidas por Rio de Janeiro e São Paulo, que concentram um terço de toda a população assalariada do país. Nos dois estados, a média salarial foi de 3,3 salários mínimos. Já as médias mais baixas foram observadas na Paraíba (2,1 s.m.), no Ceará (2,2 s.m.) e em Alagoas (2,2 s.m.).

Em 2020, as mulheres perderam mais postos de trabalho que os homens. Enquanto o número de homens ocupados assalariados caiu 0,9%, o de mulheres caiu 2,9%. Do total de 825,3 mil postos de trabalho perdidos entre 2019 e 2020, cerca de 593,6 mil (ou 71,9%) eram ocupados por mulheres.

Com isso, pela primeira vez desde 2009, houve queda na participação feminina no pessoal ocupado assalariado, de 44,8% em 2019 para 44,3% em 2020, o menor nível desde 2016.

De acordo com o gerente da pesquisa, os setores da economia que historicamente empregam mais homens tiveram aumento de pessoal em 2020, enquanto aqueles que ocupam mais mulheres se retraíram.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com Educação, composto majoritariamente por mulheres (66,9% do total), que perdeu 1,6% do seu pessoal assalariado. Já na construção, setor em que 90,6% dos ocupados são homens, houve aumento de 4,3% no número de assalariados.

O comércio, setor que concentra 19,0% das mulheres assalariadas, teve queda de 2,5% no total de pessoal ocupado assalariado. Mas, entre as mulheres assalariadas deste segmento, a queda foi maior: 3,2% contra 1,9% dos homens.

A participação feminina é menor nas empresas exportadoras e importadoras. No total de empresas e outras organizações levantadas pela pesquisa, as mulheres representam 44,3% dos assalariados, enquanto nas exportadoras esse percentual cai para 30,1% e nas importadoras, para 36,5%.

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