Economia
BALANÇA COMERCIAL DE AL ACUMULA DEFICIT DE R$ 139 MILHÕES EM 2022


A balança comercial de Alagoas acumula deficit de R$ 139,6 milhões nos primeiros cinco meses deste ano, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Economia. O deficit é resultado de R$ 1,49 bilhão em exportações, ante R$ 1,63 bilhão em importações. Esse resultado coloca Alagoas em 20° lugar no ranking nacional. As exportações alagoanas representam 0,2% do total nacional, e as importações representam 0,3%.
Os dados mostram que a Geórgia, país vizinho da Rússia, foi o principal destino dos produtos alagoanos nesses primeiros cinco meses de 2022, sendo responsável por 24% das exportações alagoanas. Após a Geórgia aparecem Argélia (16%), Finlândia (15%) e Canadá (13%).
Já em relação às importações, o principal parceiro de Alagoas é a China. É da potência oriental que chegam 37% dos produtos importados para Alagoas. Logo em seguida aparecem os Estados Unidos, com 17% e, em terceiro lugar, a Rússia, que mesmo em guerra com a Ucrânia, foi responsável por 9,1% das importações alagoanas de janeiro a maio deste ano.
O principal produto das exportações alagoanas segue sendo o açúcar, com participação de 79% das vendas do estado para o exterior. Nos primeiros cinco meses deste ano, essas exportações de açúcar movimentaram R$ 1,18 bilhões. O produto que ocupa o segundo lugar no ranking de exportações foram minérios de cobre e seus concentrados, que respondem por 15% das exportações.
Já entre os produtos importados, o principal são os adubos ou fertilizantes químicos, que representam 22% de tudo que é importado pelos alagoanos. Logo em seguida aparecem os hidrocarbonetos e seus derivados, com 14%.
CENÁRIO NACIONAL
O aumento do preço de várias mercadorias importadas e as medidas de lockdown na China afetaram a balança comercial brasileira em maio. No mês passado, o país exportou US$ 4,943 bilhões a mais do que importou. Esse é o superávit mais baixo para o mês desde 2019, quando o resultado tinha ficado positivo em US$ 4,369 bilhões.
Nos cinco primeiros meses do ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,128 bilhões. Isso representa 6,4% a menos que o registrado de janeiro a maio do ano passado (US$ 8,087 bilhões), pelo critério da média diária. O resultado é o mais baixo para o período desde 2018, quando o superávit acumulado tinha ficado US$ 20,005 bilhões.
No mês passado, o Brasil vendeu US$ 29,648 bilhões para o exterior e comprou US$ 24,704 bilhões. Tanto as exportações como as importações bateram recorde para meses de maio desde o início da série histórica, em 1989. No entanto, as importações cresceram mais que as exportações.
Em maio, o valor das vendas para o exterior subiu 8% em relação a maio do ano passado, pelo critério da média diária. O valor das importações aumentou 33,5% na mesma comparação.
A valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) contribuiu para o recorde das exportações, mas começou a aumentar o valor das importações. Isso porque o preço de diversas mercadorias que o Brasil importa subiu, mesmo com a quantidade comprada do exterior caindo.
No mês passado, o volume de mercadorias importadas subiu apenas 0,1%, enquanto os preços aumentaram 35,7%, em média, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os produtos com maior impacto na balança comercial foram combustíveis refinados, adubos e fertilizantes, carvão, petróleo bruto, trigo e centeio. Mesmo com a quantidade comprada caindo para a maioria desses produtos, o valor importado subiu, por causa do encarecimento desses itens.
Nas exportações, a quantidade vendida caiu 7,9%, pressionada pela queda nos embarques de grãos e de minérios para a China, que tem algumas regiões em lockdown por causa da pandemia de covid-19. Os preços médios subiram 21,9%.