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Nº 5822
Economia

Nordeste lidera redu��o na produ��o industrial

Rio - A produção industrial em São Paulo caiu 1,6% em fevereiro, na terceira queda consecutiva ante igual mês do ano anterior. O mau desempenho não foi  exclusividade do Estado. Houve redução em sete das 12 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de

Por | Edição do dia 18/04/2002 - Matéria atualizada em 18/04/2002 às 00h00

Rio - A produção industrial em São Paulo caiu 1,6% em fevereiro, na terceira queda consecutiva ante igual mês do ano anterior. O mau desempenho não foi  exclusividade do Estado. Houve redução em sete das 12 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com forte influência da elevada base de comparação do início do ano passado, pico da atividade do setor no País. As sete quedas regionais na produção industrial em fevereiro, ante igual mês do ano passado, entre os 12 locais pesquisados pelo IBGE foram maiores no Nordeste. Ocorreram no Ceará ( -8,9%) Pernambuco (-7,7%), Nordeste (-6,2%), Minas Gerais (-4,1%), São Paulo (-1,6%), Bahia ( -1,3%) e Paraná (-0,2%). A técnica do Departamento de Indústria do IBGE, Mariana Rebouças, destacou que, apesar das quedas, os resultados por região, inclusive em São Paulo, confirmaram a “pequena recuperação” que vem sendo registrada na média nacional. Ela lembrou que a pesquisa regional não aponta resultados ante mês anterior, exatamente o indicador que vem revelando a recuperação industrial em nível nacional. Já era esperado que, até março deste ano, os resultados mensais do setor industrial ficassem negativos. Mariana argumentou que a reação pode ser percebida, no caso da indústria paulista, no resultado da produção acumulada nos últimos 12 meses até fevereiro, que permanece positivo (1 4%) e acima da média nacional no período (0,2%). Segundo a técnica, o indicador de longo prazo revela uma tendência de recuperação do setor no Estado. Ela lembrou que a desaceleração da produção industrial paulista vem ocorrendo desde maio, mas foi menos acentuada em fevereiro do que em janeiro (-1,8%) e dezembro (-6,9%). Mariana salientou também que a queda em fevereiro foi provocada pelo mau desempenho de segmentos do complexo metalomecânico, que tem forte peso na produção industrial paulista. Os destaques de queda ocorrem nos segmentos de material elétrico e de comunicações (-8,1%), com impacto no recuo da produção de microcomputadores, e material de transporte (-6,3%), com diminuição da atividade na indústria automobilística. Além disso, o crescimento nulo da indústria química, a principal do Estado, colaborou para a queda na produção média do setor. No âmbito geral da pesquisa regional, a avaliação de Mariana é de que os resultados de fevereiro confirmam a gradual recuperação do setor, apontada pelo indicador nacional desde novembro. O argumento é de que a queda da produção em sete dos 12 locais pesquisados ocorreu especialmente devido à base de comparação elevada do ano passado e, além disso, o resultado do mês foi melhor do que o apresentado em janeiro (queda em oito áreas) e em dezembro (redução em 11 áreas). Mariana explicou que o efeito da base de comparação prosseguirá até março porque neste mês, em 2001, teve início a desaceleração nacional da produção do setor.

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