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AMPLIAÇÃO DO AUXÍLIO BRASIL E VALE GÁS INJETA MAIS DE R$ 105 MI EM AL

Valor se refere ao que deverá entrar mensalmente na economia alagoana com os novos valores dos benefícios sociais

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Dinheiro, Real Moeda brasileira
Dinheiro, Real Moeda brasileira -

Promulgada pelo Congresso Nacional na última quinta-feira (14), a emenda à Constituição que prevê a criação de um estado de emergência para ampliar o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano deve proporcionar uma injeção de, ao menos, R$ 105 milhões na economia de Alagoas. A estimativa leva em conta o fato de que o texto prevê um aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil até 31 de dezembro deste ano. Considerando que Alagoas tinha, até junho, 487.947 famílias beneficiárias, esse aumento deve injetar R$ 97,5 milhões na economia do estado. Outro benefício que passará por mudança e que deve injetar mais dinheiro na economia do estado é o Auxílio Gás. No caso do auxílio gás, a família passa a receber 100% do valor da média nacional do botijão de 13Kg de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), e não mais os 50% pagos desde o início do ano. Tomando como base o último valor pago em Alagoas e multiplicando por dois, como prevê a PEC, serão injetados mais R$ 8 milhões na economia local. A PEC também propõe, até o fim do ano, um auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros, e reforço ao programa Alimenta Brasil, além de parcelas de R$ 200 para taxistas, financiamento da gratuidade no transporte coletivo de idosos e compensações para os estados que reduzirem a carga tributária dos biocombustíveis. Para tanto, a PEC estabelece um estado de emergência “decorrente da elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”. Na prática, é como se o governo declarasse que o país vive um momento excepcional, como ocorreu durante a pandemia de Covid-19. O dispositivo foi incluído porque, segundo a legislação, não pode haver concessão de novos benefícios ou distribuição de valores em ano eleitoral, a não ser em casos excepcionais, como o estado de emergência. Segundo o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC é resultado de uma atuação do parlamento em auxílio aos mais necessitados. “A emenda que ora promulgamos visa amenizar para a população brasileira os nefastos efeitos econômicos e sociais advindos do processo inflacionário observado nos últimos meses em quase todos os países do globo.” Pacheco atribuiu a crise econômica à guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como na “lenta retomada das cadeias de distribuição e logística mundiais que foram duramente afetadas pela pandemia da covid-19”. Segundo dados trazidos por ele em seu discurso, o número de brasileiros entrando na situação de pobreza chegou a 11 milhões, totalizando 47,3 milhões de pessoas na zona de pobreza ou extrema pobreza. O número representa 22,3% da população, o maior percentual em dez anos.

TRAMITAÇÃO

A emenda promulgada consolida as redações de duas PECs (15/22 e 1/22), sem alterar o mérito já aprovado no Senado para a PEC 1/22. PEC 1, que prevê o pagamento dos benefícios sociais, foi apensada à PEC 15, que trata dos combustíveis e já estava em estágio adiantado de tramitação na Câmara. A redução do impacto da alta dos combustíveis era a intenção inicial da proposta. Mais à frente, o governo decidiu incluir um aumento no Auxílio Brasil. A PEC teve aprovação maciça da oposição, tanto no Senado quanto na Câmara. Segundo os parlamentares, seria incoerente votar contra o aumento do auxílio, qualquer que seja ele, para os mais pobres. A oposição na Câmara, no entanto, apresentou destaques para retirar do texto a previsão do estado de emergência, além do limite temporal de cinco meses para o pagamento de parcelas adicionais do Auxílio Brasil. Mas os destaques foram derrotados em plenário.

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