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Nº 5759
Economia

Petr�leo e juros reduzem confian�a de empres�rios

Rio – O índice de confiança do empresariado medido  pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) caiu de 59,9 pontos em abril para 58,9 em janeiro. O recuo decorreu, basicamente, da queda das expectativas quanto às condições atuais da economia, que volta

Por | Edição do dia 19/04/2002 - Matéria atualizada em 19/04/2002 às 00h00

Rio – O índice de confiança do empresariado medido  pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) caiu de 59,9 pontos em abril para 58,9 em janeiro. O recuo decorreu, basicamente, da queda das expectativas quanto às condições atuais da economia, que voltaram a ficar negativas. Já as perspectivas do empresariado para os próximos seis meses continuam praticamente inalteradas. O “ligeiro recuo”, segundo a entidade, está ligado à falta de fatos novos na economia, como quedas significativas da taxa básica dos juros. “As quedas foram relativamente pequenas e o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa no mesmo nível”, afirmou o coordenador de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Para ele, o Copom foi lento para reduzir as taxas, mas rápido ao interromper a trajetória de queda dos juros. A pesquisa da CNI foi feita entre 27 de março e 17 de abril e captou as discussões sobre a deterioração econômica a partir dos aumentos do preço dos combustíveis e das incertezas a respeito das decisões do Copom. Depois de ficar positivo em janeiro (50,1 pontos), o indicador relativo às condições atuais passou a negativo (47,9 pontos), outra vez, em abril. Pela metodologia da CNI, os indicadores de confiança são considerados positivos acima de 50 pontos. Já o indicador de expectativas futuras permaneceu praticamente inalterado, passando de 64,7 pontos para 64,5 pontos. Os dois indicadores compõem o índice geral. Comparado ao ano passado, o indicador geral de confiança está 1,8 ponto abaixo do índice de 60,7 pontos em abril. Castelo Branco explica que, a partir dos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela própria CNI, os indicadores de recuperação da indústria persistem, mas “não tão fortes”. Os indicadores de produção industrial sinalizam melhora, na comparação com o segundo semestre do ano passado. Mas ainda estão inferiores ao início do ano passado (-1,3%), quando a atividade industrial estava mais vigorosa. Já as vendas reais do setor aumentaram 9% no bimestre, segundo a CNI. A diferença entre os dois índices, segundo Castelo Branco, é pequena e pode refletir vendas maiores de estoques disponíveis, enquanto o ritmo de produção evolui menos.

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