loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
segunda-feira, 05/05/2025 | Ano | Nº 5959
Maceió, AL
25° Tempo
Home > Economia

Economia

ALIMENTOS ‘FAKES’ SÃO ALVOS DE FISCALIZAÇÃO DO PROCON

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Maceió, 27 de julho de 2022
Produtos nas prateleiras do supermercado derivado de leite e o composto lácteo.
Foto:@Ailton Cruz
Maceió, 27 de julho de 2022 Produtos nas prateleiras do supermercado derivado de leite e o composto lácteo. Foto:@Ailton Cruz -

Diante da escalada de preços dos alimentos, os consumidores estão tendo que procurar por alternativas de manter a quantidade de comida na mesa. Com isso, é comum ver nas gôndolas dos supermercados os subprodutos, que substituem os originais, cada vez mais caros.

São os casos do soro do leite, do requeijão com amido de milho e de uma série de alimentos que deixam de ter em sua composição o produto em si, para conter o “produto à base de” ou “produto sabor de”. A venda desses alimentos vem sendo alvo da fiscalização do Procon Maceió. Isto porque os produtos semelhantes aos originais, mantêm o preço mais acessível, mas há falta de transparência na publicidade.

Segundo o superintendente do órgão, Leandro Almeida, a venda dos produtos nessas condições distintas não é ilegal, mas com a falta de clareza nas informações, o consumidor acaba sendo lesado. “O problema começa porque o consumidor apressado não costuma ler o rótulo do produto, apenas olha para a embalagem parecida com a que já conhece e acaba pagando por um produto achando que é outro”.

Como as empresas acabam utilizando o mesmo layout, a composição acaba passando despercebida pelo consumidor. “É importante a empresa diferenciar de forma ostensiva o produto. Trata-se de uma publicidade enganosa já que a alteração na composição do produto não fica clara”, acrescentou.

As ações conjuntas de fiscalização do Procon Maceió, em parceria com Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) o IDEC, são realizadas para coibir a prática. Em casos como esse o consumidor pode denunciar ao Procon pelo seus canais de comunicação, inclusive o WhatsApp do órgão (82) 98882-8326.

VARIAÇÃO DOS PREÇOS

Uma pesquisa de preços em cinco supermercados na capital federal, realizada pelo site Metrópoles, mostra a variação de preço chega a 68% entre os alimentos ‘fakes’ e os originais. A lista considerou sete alimentos com a mesma quantidade e de marcas conhecidas pelo consumidor.

Enquanto o leite condensado integral chega a custar R$ 9,99, a mistura láctea condensada com soro de leite e amido é bem mais barata: R$ 5,99. Ou seja, o produto similar é 40% mais barato. O chocolate em pó apresenta a variação mais brusca de preço. Duzentos gramas de chocolate em pó solúvel custa R$ 19,49. Já o alimento achocolatado em pó, na mesma quantidade, sai por R$ 4,99 — 74% menos.

Porém, nem sempre substituir é tão vantajoso. O leite em pó também já conta com variações. Enquanto o produto original é vendido por R$ 19,99, a variação, chamada de composto lácteo com fibras, custa R$ 16,99. A economia chega a 15%. A mesma tendência é observada entre o iogurte e a bebida láctea fermentada.

EMPRESAS NOTIFICADAS

As empresas Nestlé Brasil, Mead Johnson Brasil e Danone foram alvos de uma ação civil pública pedindo a responsabilização por promoção cruzada. Elas mantêm semelhanças entre a embalagem de fórmulas infantis —cuja promoção comercial é proibida ou restrita— e a de compostos lácteos. O Idec argumenta que esse tipo de estratégia provoca confusão, engano e prejuízo, especialmente para pais, mães, cuidadores e crianças pequenas.

Relacionadas