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Nº 5691
Economia

BANCO CENTRAL SOBE JUROS A 13,75% AO ANO, MAIOR NÍVEL DESDE 2017

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, subir a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,5 ponto percentual. O índice foi de 13,25% para 13,75% ao ano — maior patamar desde o reajuste estabelecido de de

Por Uol | Edição do dia 04/08/2022 - Matéria atualizada em 04/08/2022 às 04h00

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, subir a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,5 ponto percentual. O índice foi de 13,25% para 13,75% ao ano — maior patamar desde o reajuste estabelecido de dezembro de 2016 até 11 de janeiro de 2017, quando a taxa também estava em 13,75%.

A última vez em que a Selic teve um valor mais alto do que esse foi no ciclo de 19 de outubro de 2016 até 30 de novembro de 2016, quando o índice foi a 14% ao ano. 

A elevação já era esperada por economistas. Essa é a 12ª alta consecutiva neste ciclo de aperto monetário, que já é o mais longo da história do Copom. O movimento começou em março de 2021, quando a taxa foi de 2% para 2,75% ao ano. Desde então, o índice já subiu 11,75 pontos percentuais, no maior choque de juros desde 1999 —na época, o BC elevou a Selic em 20 pontos percentuais de uma só vez para tentar aliviar a crise cambial.

Nas justificativas, o Copom citou o ambiente externo “adverso e volátil, com maiores revisões negativas para o crescimento global em um ambiente inflacionário ainda pressionado. O processo de normalização da política monetária nos países avançados tem se acelerado, impactando o cenário prospectivo e elevando a volatilidade dos ativos”.

O grupo afirmou que, no Brasil, houve “a retomada no mercado de trabalho mais forte do que era esperada pelo Comitê”. Apesar de um certo otimismo no âmbito nacional, o Copom ressaltou que “permanecem fatores de risco em ambas as direções” em seus cenários para a inflação. 

O Copom considera que, diante de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista. 

Para 2022, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior, 5%. Os analistas consideram que o teto da meta será estourado pelo segundo ano consecutivo.

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