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Nº 5759
Economia

Selo vai garantir qualidade da gasolina vendida em Alagoas

EDIVALDO JUNIOR Alagoas é “campeão” nacional de adulteração de gasolina no ranking da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Pelo menos 37,3% do produto comercializado no Estado contém álcool em excesso ou está fora do padrão. O maior prejuízo, claro, é do

Por | Edição do dia 21/04/2002 - Matéria atualizada em 21/04/2002 às 00h00

EDIVALDO JUNIOR Alagoas é “campeão” nacional de adulteração de gasolina no ranking da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Pelo menos 37,3% do produto comercializado no Estado contém álcool em excesso ou está fora do padrão. O maior prejuízo, claro, é do consumidor que paga por um produto que não recebe e ainda corre o risco de sofrer danos no veículo. A adulteração, no entanto, também provoca perdas para o Estado, à medida que diminui a arrecadação de impostos e para os donos de postos que trabalham corretamente. “A concorrência é desleal. Não temos como competir, preço a preço com o produto de má qualidade”, desabafa o presidente do Sindicombustíveis (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo), Mário Jorge Uchoa. Campanhas Para enfrentar a adulteração e “equilibrar” o jogo, Uchoa defende a adoção de campanhas de conscientização ao consumidor e de programas que garantam a qualidade do combustível comercializado no Estado. Na última quinta-feira, ele se reuniu, acompanhado do vice-presidente licenciado do Sindicombustíveis, Álvaro Vasconcelos, com o subsecretário da Fazenda, Evandro Lobo e com o coordenador de Arrecadação, Manoel Omena para discutir uma estratégia de combate à adulteração. O Sindicombustíveis apresentou à Secretaria da Fazenda (Sefaz) a proposta de um selo de qualidade, que seria afixado nos postos de combustível. “O selo dará ao consumidor a garantia de que ele estará comprando um produto dentro dos padrões. Com essa informação, ele só abastecerá com combustível sem procedência se quiser”, defendeu. O subsecretário Evandro Lobo aprovou a idéia e prometeu apoiar a criação do selo com uma campanha de esclarecimento. “Os postos pagarão os custos da análise química, que será feita semanalmente e o governo vai divulgar o selo. Acredito que todos sairão ganhando, principalmente o consumidor”, analisou Lobo. Álvaro Vasconcelos lembrou ainda que o Estado será beneficiado com o aumento de arrecadação num segmento que é um dos maiores contribuintes do Estado. “O setor de combustíveis representa hoje uma das principais fontes de ICMS do Estado. Com a campanha e a criação do selo, a arrecadação desse setor certamente será maior”, enfatizou.

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