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Economia

PERCENTUAL DE FAMÍLIAS COM DÍVIDAS ATINGE RECORDE DE 78%

A parcela de famílias brasileiras endividadas alcançou o maior índice em 12 anos: 78% no mês de julho. A quantidade de lares com contas ou dívidas em atraso também foi a maior desde 2010: 29%, resultado que alcança 33% no caso daqueles com renda mensal de

Por Agência Brasil | Edição do dia 09/08/2022 - Matéria atualizada em 09/08/2022 às 04h00

A parcela de famílias brasileiras endividadas alcançou o maior índice em 12 anos: 78% no mês de julho. A quantidade de lares com contas ou dívidas em atraso também foi a maior desde 2010: 29%, resultado que alcança 33% no caso daqueles com renda mensal de até dez salários mínimos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O avanço do endividamento em relação a junho ficou em 0,7 ponto percentual, mas na comparação com julho do ano passado, a CNC registrou alta de 6,6 pontos.

A pesquisa mostra ainda que, apesar do percentual de comprometimento da renda permanecer desde abril em 30,4%, no retrato de agora 22% dos brasileiros estão com mais da metade dos rendimentos atrelados à quitação das dívidas.

De acordo com a economista da CNC, Izis Ferreira, as razões para esses aumentos divergem entre a população. Em julho, a proporção daqueles que afirmaram não ter condições de pagar seus débitos já atrasados também cresceu 0,1% em relação a junho. E a maioria desses consumidores não concluiu o ensino médio, grupo que também foi o que mais precisou atrasar pagamentos.

Apesar das famílias com maiores rendas terem aumentado o consumo no cartão de crédito, pelo terceiro mês consecutivo houve queda nas dívidas nessa modalidade. Ainda assim, do total de endividados, 85,4% possuem débitos a pagar no cartão.

A pesquisa avalia que as famílias têm buscado alternativas de crédito mais baratas por conta dos juros elevados. Com isso, carnês de loja e crédito pessoal foram os que avançaram no endividamento, neste início de semestre. O crescimento dos juros também impactou os financiamentos de automóveis e da casa própria, que caíram cerca de 2 pontos percentuais cada, em um ano.

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