app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 0
Economia A deflação de julho é 15ª desde o início do Plano Real e a primeira desde maio de 2020

PREÇOS CAEM PELA PRIMEIRA VEZ EM DOIS ANOS, INFORMA IBGE

Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma queda de 0,68%, após uma alta de 0,67% em junho

Por G1 | Edição do dia 10/08/2022 - Matéria atualizada em 10/08/2022 às 04h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve queda de 0,68% em julho, após ter registrado alta 0,67% em junho, segundo divulgou nesta terça-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o país registrou uma deflação – inflação negativa – a primeira depois de 25 meses seguidos de alta de preços. Segundo o IBGE, foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. No ano, a inflação acumulada é de 4,77%. No acumulado nos últimos 12 meses a taxa desacelerou para 10,07%, contra os 11,89% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Apesar da trégua no mês de julho, já são 11 meses seguidos com a inflação anual rodando acima dos dois dígitos e num patamar mais de duas vezes acima do teto da meta oficial para 2022. O resultado veio dentro do esperado. A mediana das projeções de 36 instituições colhidas pelo Valor Data era de queda de 0,65% no IPCA de julho. Apesar da trégua no mês de julho, já são 11 meses seguidos com a inflação anual rodando acima dos dois dígitos e num patamar mais de duas vezes acima do teto da meta oficial para 2022. O resultado veio dentro do esperado. A mediana das projeções de 36 instituições colhidas pelo Valor Data era de queda de 0,65% no IPCA de julho. A queda ficou concentrada em 2 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados: transportes (-4,51%) e habitação (-1,05%). Ambos foram influenciados pelos recentes cortes nas alíquotas de ICMS (imposto estadual) sobre combustíveis e energia. A deflação de julho é 15ª desde o início do Plano Real e a primeira desde maio de 2020. À época, a baixa havia sido de 0,38%, em um contexto de restrições a atividades econômicas após a chegada da pandemia. A queda de 0,68% foi influenciada principalmente pelo grupo dos transportes, que teve a redução mais intensa, de 4,51%. O segmento contribuiu com o maior impacto (-1 ponto percentual) no resultado geral do IPCA. A baixa dos transportes é explicada pelo recuo dos combustíveis, de 14,15%. A gasolina caiu 15,48%. O etanol recuou 11,38%. Entre os 377 subitens que compõem o IPCA, a gasolina teve o impacto individual mais intenso para a deflação (-1,04 ponto percentual). Em junho, Bolsonaro sancionou o projeto que definiu o teto para a cobrança de ICMS sobre produtos e serviços como combustíveis e energia. Nesse contexto, o grupo de habitação também recuou em julho. A baixa de 1,05% refletiu a queda da energia elétrica residencial, de 5,78%. “A redução do ICMS colaborou bastante”, afirmou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE.

Mais matérias
desta edição