N�mero de cheques sem fundos aumenta 16,5%
São Paulo - O volume de cheques sem fundos devolvidos em março foi o maior desde 1991, de acordo com números divulgados ontem pela Serasa. A pesquisa nacional da empresa mostra que foram 16,2 cheques devolvidos a cada mil que foram compensados no mês pa
Por | Edição do dia 23/04/2002 - Matéria atualizada em 23/04/2002 às 00h00
São Paulo - O volume de cheques sem fundos devolvidos em março foi o maior desde 1991, de acordo com números divulgados ontem pela Serasa. A pesquisa nacional da empresa mostra que foram 16,2 cheques devolvidos a cada mil que foram compensados no mês passado, número 16,5% superior ao do mesmo período de 2001: 13,9 a cada mil compensados. Em relação a fevereiro, quando foram devolvidos 13,6 cheques a cada mil compensados, o aumento foi de 19,1%. O recorde anterior era de janeiro, quando foram devolvidos 14,5 cheques a cada mil compensados. O índice é calculado desde 1991 pela Serasa. No primeiro trimestre, a inadimplência cresceu 23,3% em relação a igual período de 2001. De janeiro a março deste ano, a média de devoluções ficou em 14,8 em cada mil compensados, ante 12 nos três primeiros meses do ano passado. A assessoria econômica da Serasa aponta o alongamento nos prazos de recebimento de cheques pré-datados e a aceitação não tão criteriosa de empresas menos organizadas como as principais razões para o aumento da inadimplência a partir do segundo semestre de 2001. Historicamente, março é um mês de inadimplência em alta, mas o aumento verificado neste ano, de acordo com a Serasa, reflete as compras de fim de ano e o acúmulo de dívidas, acentuado pelos fatores conjunturais, tais como desemprego e permanência de elevadas taxas de juros. Dólar em alta Pelo oitavo pregão consecutivo o mercado fechou com valorização do dólar. A moeda norte-americana subiu 0,47% em relação ao final da sexta-feira e terminou a R$ 2,343 para venda. No mês, há um ganho acumulado do dólar frente ao real de 0,69% e, no ano, de 1,17%. A cotação de fechamento -quase no ápice do dia, quando houve avanço de 0,51% - renovou o patamar mais alto do mês. Apesar disso, o dólar não rompeu o nível de resistência deste curto prazo, que tem se mantido em R$ 2,346 no fechamento do último dia 26.