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Nº 5759
Economia

USO DE ENERGIA SOLAR AUMENTA 64% ESTE ANO EM ALAGOAS

Willams Menezes instalou placas de energia solar em sua residência no bairro do Feitosa, em Maceió, há cinco meses e viu a conta de energia sair de R$ 480 para os atuais R$ 60, referente apenas ao consumo mínimo e a taxa de iluminação pública. E ele não e

Por Hebert Borges | Edição do dia 22/10/2022 - Matéria atualizada em 22/10/2022 às 04h00

Willams Menezes instalou placas de energia solar em sua residência no bairro do Feitosa, em Maceió, há cinco meses e viu a conta de energia sair de R$ 480 para os atuais R$ 60, referente apenas ao consumo mínimo e a taxa de iluminação pública. E ele não está sozinho. Um total de 9.274 unidades consumidoras de energia elétrica passaram a adotar a energia solar no estado este ano. O aumento é de 64% em comparação ao ano passado, quando 5.655 fizeram esta opção. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O autônomo Willams Menezes conta que fez a opção por esta fonte de energia há 5 meses e não se arrepende. Ele diz que nunca teve problemas. A ideia dele é comprar mais placas para poder compartilhar com outras residências. Segundo a Aneel, a potência instalada em Alagoas é de 136,8 mil kilowatts. 

Segundo a Aneel, a modalidade residencial é a que tem o maior número de unidades consumidoras utilizando energia solar em Alagoas, com 13.971 usuários. Logo em seguida aparecem os consumidores comerciais, com 4.655 usuários. Entre os consumidores rurais são 520 usuários.

E o setor de energia solar tem comemorado o aumento da adesão aos sistemas de produção de energia fotovoltaica no Brasil. Dados da  Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que o país ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. Desse total, 13 GW são de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos e o restante corresponde às usinas de grande porte. É um número considerado histórico pelo setor. A título de comparação, a Usina Hidrelétrica de Itaipu gera 14 GW de potência instalada.

O número consolida a fonte solar como a terceira maior geradora de energia no país, atrás apenas das fontes hidrelétrica e eólica. A captação de luz solar por placas fotovoltaicas e a transformação dessa luz em energia representa, hoje, 9,6% da matriz elétrica do país. De janeiro a setembro, houve aumento de 46,1%, com crescimento médio de 1 GW por mês nos últimos 120 dias.

A energia gerada por luz solar é uma energia limpa, que não produz resíduo ou poluição. Segundo a Absolar, esse tipo de energia evitou a emissão de 27,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. O custo de instalação, no entanto, não é baixo. Para residências, o preço médio de instalação é de R$ 25 mil; para indústrias, R$ 200 mil.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse no último dia 5 que até 2031 a energia solar deve ser responsável por 17% da matriz brasileira. De acordo com o ministro, atualmente as fontes fotovoltaicas correspondem a 7,7% da eletricidade gerada no país.

“No ano passado, a geração distribuída no Brasil foi a quarta em crescimento no mundo, superada apenas por países como Estados Unidos, China e Índia. Eu acho que nós estamos muito bem posicionados”, acrescentou  o ministro ao falar na abertura de um seminário promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A geração distribuída é a forma de produção de energia feita, em geral, pelos próprios consumidores, como as residências ou empresas que possuem placas para geração de energia solar.

Em relação a energia eólica, Bento Albuquerque explicou que a previsão é manter ao longo da próxima década o percentual de 11% de presença na matriz energética do pais. “A geração eólica cresceu 330% desde 2014. E é atualmente responsável por mais de 11% da nossa matriz elétrica”.

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