FEIRA DA CASA PRÓPRIA EM AL MOVIMENTA R$ 80 MILHÕES EM VENDAS
Feira movimentou mercado imobiliário no estado; foram fechadas durante os dias do evento cerca de 600 propostas
Por Hebert Borges | Edição do dia 09/11/2022 - Matéria atualizada em 09/11/2022 às 04h00
Encerrada no último domingo (6), a Feira Minha Casa Própria, em Maceió, movimentou, ao menos, R$ 80 milhões em vendas. Esta é a expectativa do presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL), Alfredo Breda.
Breda conta que foram cerca de 200 atendimentos por empresa por dia, o que significa cerca de três mil atendimentos em toda a feira. Segundo ele, foram fechadas cerca de 500 a 600 propostas.
O presidente do Sinduscon fala em estimativa porque as empresas ainda estão consolidando as informações, pois às vezes a pessoa faz a proposta, mas o contrato ainda deve ser assinado. Breda conta que a procura foi muito grande. O presidente do Sinduscon conta que os imóveis mais procurados são casas e apartamentos.
“Tinham lotes também, mas prioritariamente casa e apartamento de dois quartos”, detalha. A maioria dos imóveis estão na parte alta da cidade, com tamanho médio de cinquenta metros quadrados. “Se encaixa perfeitamente no bolso do consumidor, uma vez que exige uma renda média um pouco acima de R$ 2 mil. Então a pessoa com R$ 2,5 mil de renda familiar já consegue adquirir esse tipo de imóvel”, explica.
Breda diz acreditar que em 2023 o mercado permanecerá aquecido, principalmente pelo déficit habitacional. “Nós tivemos algumas promoções, então quem não aproveitou a feira, quem perdeu esse período de feira, pode não conseguir os mesmos valores que foram ofertados”, estima.
O presidente do Sinduscon diz ainda que os preços não devem diminuir no ano que vem. “Não existe nenhuma possibilidade de queda de preço do imóvel. Isso é impossível. Pelo contrário, os imóveis vão continuar subindo de preço, até porque os insumos, por exemplo, como cimento, continuam subindo de preço e você tem aumento normal de mão de obra. Então tudo isso reflete diretamente no preço do imóvel. Não existe a possibilidade de diminuição de preço de modo algum. Pelo contrário, o imóvel só deve subir de preço e vai se valorizar, fora a subida normal por conta de aumento de insumo”, pontua.
Neste ano de 2022, o mercado imobiliário deve crescer entre 4,5% e 5%, segundo projeção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o mercado avançou 2,7% no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro, a melhor performance desde o terceiro trimestre de 2021, quando chegou a 4,4%.