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Economia

Mundo atinge marca de oito bilhões de habitantes, diz site

Segundo o Worldometer, mais de 116,7 milhões de pessoas nasceram do dia 1º de janeiro de 2022 até hoje

Por Folhapress | Edição do dia 16/11/2022 - Matéria atualizada em 16/11/2022 às 11h08

São Paulo, SP – O mundo atingiu nesta terça-feira (15) a marca de oito bilhões de habitantes, segundo o site de estatística Worldometer. O número foi alcançado pouco mais de onze anos após o planeta chegar aos sete bilhões de habitantes, marca atingida em 31 de outubro de 2011, segundo a Organização das Nações Unidas. Também segundo o Worldometer, mais de 116,7 milhões de pessoas nasceram do dia 1º de janeiro de 2022 até hoje.Em alusão ao recorde, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, publicou um artigo de opinião sobre o número alcançado. Ele atribuiu a marca aos avanços científicos e à melhoria na alimentação, saúde pública e saneamento da população. Ele ressaltou, porém, os riscos da desigualdade e apontou que o planeta tem “um número recorde de pessoas à procura de oportunidades”. Segundo dados do Departamento do Censo dos Estados Unidos, atualizado em julho de 2022, a China é o país mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes. Ele é seguido pela Índia, com 1,3 bilhão. Juntos, os dois países asiáticos têm mais de 25% da população mundial. O Brasil, com 217 milhões de habitantes, fica no sétimo lugar da lista, sendo o país mais populoso da América Latina.

ONU

Quando nasceu em Sarajevo, aos dois minutos do dia 12 de outubro de 1999, o bebê 6 bilhões tinha 3,55 kg e passava bem. Mas o primeiro filho do casal Fatima Helac e Jasminko Mevic ainda não tinha nome. Por uma coincidência, o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, fazia uma visita de dois dias à Bósnia e Herzegovina, país ainda sofrendo as consequências da guerra que assolou a região entre 1992 e 1995. Por outra coincidência, as projeções da ONU para que a população atingisse 6 bilhões de pessoas se davam justamente naquele 12 de outubro. Assim, Annan se dirigiu a uma maternidade e se deixou fotografar com a criança que havia nascido mais cedo naquele dia. O ato foi recebido com festa e gratidão pela família: por causa do líder da ONU, o rapazinho foi nomeado Adnan e ficou conhecido como o bebê 6 bilhões. Anos depois, a coisa mudou um pouco de tom. Adnan cresceu em um modesto apartamento em Visoko, ao lado de Sarajevo, onde ainda vive com a mãe. Aos 23, se formou em economia, mas está desempregado. Em 2011, quando estava para nascer a sétima bilionésima pessoa do mundo, repórteres visitaram a casa dos Mevic. Aos 12 anos, o menino gostava de geografia e dizia querer ser piloto de avião. Mas a família estava vivendo mal, o pai tinha problemas de saúde e a única receita da casa era uma pensão social paga pelo governo, com a condição de que Adnan continuasse a frequentar a escola. Jasminko Mevic reclamava que a ONU não se preocupara com o futuro do menino. “Nós vimos Kofi Annan como se fosse um padrinho para Adnan”, disse ao britânico The Guardian na ocasião, acrescentando que não havia recebido praticamente nenhuma comunicação da entidade após o dia do nascimento -que dirá ajuda financeira ou algum tipo de suporte. Fatima Helac tinha 29 anos quando deu Adnan à luz, mas hoje também não tem recordações tão boas. “Percebi que algo estava estranho porque médicos e enfermeiras estavam se reunindo, mas não sabia o que estava acontecendo”, disse ela à BBC. “Estava tão cansada, não sei como me senti.” Naquele dia, no hospital, Kofi Annan justificou a escolha simbólica: “O nascimento da sexta bilionésima pessoa do planeta -um belo menino em uma cidade que volta à vida, com um povo reconstruindo suas casas em uma região restaurando uma cultura de convivência após uma década de guerra- deve iluminar um caminho de tolerância e compreensão para todas as pessoas”. Mas seu porta-voz, Douglas Coffman, jogou água fria: “Não há razões políticas ou quaisquer outras por trás dessa decisão. Se o secretário-geral estivesse em Nova York, teria sido um bebê de Nova York”.

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