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segunda-feira, 05/05/2025 | Ano | Nº 5959
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Pontal da Barra reabre 200 lojas e gera mil empregos

A vida comercial da comunidade volta a pulsar depois de dois anos com bares, restaurantes e as lojinhas fechadas devido à pandemia

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Tombado como patrimônio da cultura de Alagoas, o filé está em alta e é responsável pela retomada dos empregos e renda no tradicional e histórico bairro do Pontal da Barra, litoral Sul de Maceió. A vida comercial da comunidade volta a pulsar depois viver dois anos com bares, restaurantes e as lojinhas de artesanatos fechadas por conta da pandemia de Covid-19, que deixou a maioria dos mais de 3,5 mil habitantes (IBGE) desempregada, sobrevivendo com auxílio emergencial e com de doações de cestas básicas. O fato é que a vida no Pontal da Barra volta a pulsar. O início da temporada de verão é animador. As 200 lojas de filé, rendas e outros artesanatos confeccionados pelas rendeiras do local estão abertas. Mais de mil pessoas retornaram ao trabalho e hoje, na comunidade, só não trabalha quem não quer. As mais de 300 rendeiras que passaram necessidade na pandemia e ficaram com as mercadorias encalhadas, neste momento trabalham sem parar para atender a demanda que cresce desde junho. O movimento aqueceu a partir de outubro. Os turistas e a população do estado mantém o comércio local, bares e restaurantes com o movimentos aquecidos e voltaram a contratar. Os passeios de barcos pelas nove ilhas da lagoa Mundaú voltaram, acontecem em dois turnos, e nos finais de semanas as embarcações partem com a lotação completa. “O Pontal voltou a sorrir e a viver”, comemorou a artesã Angélica Magna da Costa, ao abrir a lojinha onde vende os filés que produz, os bordados e as rendas confeccionadas pelas rendeiras locais. No período da pandemia ela também recebeu cesta básica. “Como meu marido está empregado e ganha relativamente bem, entregava a minha cesta básica às rendeiras e aos vizinhos que estavam sem trabalho”. Angélica confidenciou que também fechou a lojinha por conta das medidas sanitárias e porque não tinha para quem vender. “Na pandemia parou tudo. Sem dinheiro, fiquei com as contas da loja e de fornecedores atrasadas”. Depois de dois anos de sufoco, o movimento começou a melhorar no segundo semestre. Hoje consigo manter um trabalhador, estou com todas as contas em dia, fiz investimento em material para a demanda da alta temporada e ainda consigo um lucro mensal de R$ 3 mil”, comemorou Angélica, que pensa em contratar mais uma trabalhadora. Além de clientes locais, Angélica Costa atende pedidos de Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados do Sul do Brasil. Para fidelizar a clientela e as outras artesãs presenteiam os clientes com suvenirs feitos com filé. A artesã Jô, da galeria de Arte do Pontal, além de produzir filé e bordados, mantém um pequeno comércio de lanches com produtos da gastronomia nordestina e local. Segundo ela, o movimento começou a esquentar. “É preciso mais divulgação. As agências de turismo, os hotéis e as agências precisam incluir o Pontal no roteiro de atrações turísticas. Só o city tour não é suficiente porque o turista fica pouco tempo no bairro”. Na verdade, isto já acontece. As secretarias de Turismo do Estado e município sempre incluem na divulgação, nas feiras e nos eventos o Pontal da Barra e suas atrações artesanais. “Mas o turista fica pouco tempo no bairro e não tem tempo de usufruir da gastronomia, os passeios e as festas locais”, lamentou outra artesã, que pediu para não ser identificada.

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