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Nº 5759
Economia

Juceal e Sebrae apontam avanço de empreendedoras em Alagoas

Pesquisa aponta que o Brasil tem mais de 24 milhões de mulheres que tocam os próprios negócios

Por Arnaldo Ferreira | Edição do dia 17/12/2022 - Matéria atualizada em 19/12/2022 às 06h34

O Brasil é o sétimo país com maior número de empreendedoras. Segundo pesquisa publicada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com dados levantados pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 49 países temos mais de 24 milhões de brasileiras que tocam negócios próprios, movem a economia e geram empregos. Os economistas acreditam que o número é bem maior. Até agora, a maioria das Juntas Comerciais dos 27 Estados e Sebrae não têm estatísticas precisas sobre o número de brasileiras e alagoanas empreendedoras. Atestam, porém, que 66% das empreendedoras de Alagoas que buscaram os serviços do órgão têm menos de 39 anos. O Sebrae atendeu este ano, em nosso Estado, 2.192 empresas de empreendedoras femininas, ou seja, 120% a mais que no ano passado. Em comparação a 2021, o setor estatístico Sebrae confirma o atendimento de 1.192 empresárias. Esta estatística, segundo o superintendente Marcos Vieira, confirma a disposição de mais mulheres em investir e empreender. Estes números são apenas das empresárias que buscaram os serviços do Sebrae. Mas o número de empreendedoras é bem maior.

Segunda a Junta Comercial, Alagoas possui atualmente 260.158 empresas com registros ativos. Em comparação a dezembro do ano passado, a Juceal identificou o crescimento de 22.665 novas de empresas com registro ativos.

Os levantamentos das duas instituições apontam para o crescimento dos empreendimentos femininos. No entanto, nem a Junta Comercial e nem o Sebrae dispõem de dados precisos de quantos novos negócios surgiram a partir do empreendedorismo feminino. Os levantamentos estatísticos da Junta, por exemplo, apontam apenas o número de empresas e segmentos que requereram registros, sem especificar os gêneros dos empreendedores. A percepção empírica dos técnicos indicam o crescimento dos negócios de mulheres. No caso do Sebrae, a pesquisa foi feita com as participantes do programa “Sebrae Delas”, dentro de um universo pequeno de empresárias. A pesquisa foi realizada no ano passado com mil empreendedoras. Este ano, o Sebrae Alagoas atendeu 2.192 mulheres empreendedoras.

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Com o objetivo de estimular, fortalecer, apoiar o empreendedorismo feminino e tornar o mercado mais competitivo, o Sebrae lançou em 2019 um projeto exclusivo: “Sebrae Delas —Desenvolvendo Empreendedoras & Líderes Apaixonadas pelo Sucesso”. Apesar de não haver definição com relação ao gênero de empreendedores das 260.150 empresas com registros ativos na Junta Comercial de Alagoas, o Sebrae conseguiu elaborar o perfil das empreendedoras alagoanas que procuraram capacitação e formas de se consolidar no mercado estadual, revelou o superintendente Marcos Vieira.

Desta forma, identificou, por exemplo, que 66% das empreendedoras que buscaram qualificação e consolidação de seus negócios têm entre 20 e 39 anos de idade; 30% são da faixa etária de 40 e 59 anos; e 4% tem mais de 60 anos de idade. Destaca-se aí que 38,33% são empresas de comércio em geral e 32,92% são empresas de serviços.

Os pesquisadores do Sebrae buscaram saber inclusive o estado civil das empreendedoras e constataram que 57% são casadas ou com união estável, 27% são solteiras e 16%, divorciadas ou viúvas. Entre as empresárias que buscaram formas de consolidar os empreendimentos, 43% tem curso de pós-graduação, 34% têm curso superior completo, 14% têm curso médio e 9% concluíram o curso fundamental.

E, pelos rendimentos dos negócios, se observa ainda que a maioria das empreendedoras que buscou os serviços do Sebrae conseguiu sobreviver de forma razoável à recessão econômica que se instalou no Brasil, e particularmente em Alagoas, com a pandemia de Covid-19, a partir de 2020. Tanto que 41,4% das empreendedoras conseguiram, este ano de 2022, faturamento superior a seis salários mínimos; 39,7% tiveram rendimentos de dois a seis salários mínimos; 17,2% os rendimentos variaram de um a três salários mínimos e 1,7% conseguiram rendimento de um salário mínimo para compor a renda familiar.

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