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BOLSA ACUMULA QUEDA DE 7,5% EM FEVEREIRO

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Nesta terça, o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,74%, a 104.931 pontos
Nesta terça, o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,74%, a 104.931 pontos -

São Paulo, SP – A Bolsa fechou fevereiro com queda acumulada de 7,5%, em um mês que começou com ruídos entre o governo e o Banco Central, e terminou com a sinalização de mudanças na política de dividendos da Petrobras. O dólar fechou em alta nesta terça-feira (28), e encerrou o mês com avanço de quase 3% ante o real. Nesta terça, o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,74%, a 104.931 pontos. É o segundo pior patamar de fechamento do ano, ficando atrás somente do dia 3 de janeiro, quando fechou em 104.165 pontos. O dólar fechou em alta de 0,36% nesta terça, a R$ 5,224, cotação mais alta desde o dia 10 de janeiro. Em fevereiro, a moeda americana se valorizou 2,9% ante o real. Os juros futuros tiveram alta. Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 saíram de 13,34% do fechamento desta segunda-feira (27) para 13,37% ao ano nesta terça. Para janeiro de 2025, a taxa avançou de 12,59% para 12,68%. Para janeiro de 2027, os juros passaram de 12,81% para 12,97%. As ações da Petrobras consolidaram uma trajetória de queda depois do anúncio de corte de 3,9% no preço da gasolina em suas refinarias. A medida ajuda a compensar o retorno dos impostos federais sobre o combustível. Segundo a estatal, a gasolina em suas refinarias passará a custar R$ 3,18 por litro a partir desta quarta (1º), quando os impostos federais voltam a ser cobrados. O valor é R$ 0,13 por litro inferior ao vigente atualmente. A equipe de análise da Ativa Investimentos lembra que, segundo dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço do litro da gasolina no Brasil está 7% acima da média internacional. "Isso poderia significar uma redução de R$ 0,21 no preço praticado na bomba. Contudo, destacamos que a cadeia subtrai parte da potencial redução, chegando algo ao redor de R$ 0,16 para o consumidor final", diz a Ativa. Outra notícia piorou ainda mais o desempenho dos papéis da estatal. Segundo o portal G1, o governo não vai mais seguir a política de dividendos da Petrobras estabelecida durante o governo Bolsonaro. Na gestão anterior, a Petrobras chegou a distribuir quase a totalidade dos seus lucros aos acionistas, inclusive a União. Agora, segundo informa o G1, a ideia é seguir as regras de mercado, e direcionar parte dos ganhos para investimentos, principalmente em transição energética, e para cumprimento da função social da empresa. As ações ordinárias da Petrobras fecharam em queda de 4,38%, e as preferenciais recuaram 3,47%. Para Rodrigo Mello, gestor de renda variável da Tenax Capital, a questão dos dividendos é um ponto de atenção maior que a política de preços da Petrobras. "Para mim, esta alteração nos dividendos estava muito pouco refletida no preço da ação. Precisamos ver como vai ficar essa relação entre políticas de preços e de proventos aos acionistas", afirma Mello. "Com esta mudança, obviamente a ação perde atratividade", afirma Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital. Para ele, a redução nos preços também preocupa, já que parece ser uma compensação pela volta da cobrança de impostos sobre os combustíveis.

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