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BOLSA TEM MAIOR ALTA DIÁRIA DESDE NOVEMBRO

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O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira com alta de 2,22%, a 106.540 pontos
O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira com alta de 2,22%, a 106.540 pontos -

São Paulo, SP – A Bolsa fechou em alta nesta quarta-feira (8), com o melhor desempenho diário dos últimos meses, enquanto o dólar teve queda. O ambiente local é o grande foco dos investidores, que estão otimistas com o novo arcabouço fiscal, e seus efeitos na taxa de juros brasileira. O Ibovespa encerrou o pregão com alta de 2,22%, a 106.540 pontos. É o melhor desempenho diário do índice desde 11 de novembro de 2022, quando a alta foi de 2,26%. Naquele dia, o avanço foi impulsionado pela ação da Vale, que subiu mais de 10%. O dólar comercial à vista fechou em baixa de 1,02%, a R$ 5,141. É a menor cotação de fechamento para o câmbio desde 23 de fevereiro. A perspectiva sobre os efeitos positivos do novo arcabouço fiscal aparece também no mercado de juros. Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 caíram dos 13,20% do fechamento desta terça-feira (7) para 13,08%. No vencimento em janeiro de 2025, a taxa recuou de 12,62% para 12,37%. Para janeiro de 2027, os juros passaram de 12,99% para 12,76%. O mercado começa a antecipar os possíveis efeitos de um novo arcabouço fiscal construído pelo governo, com a participação do Banco Central. Segundo analistas, nestas bases, é possível que a autoridade monetária consiga antecipar o início do ciclo de corte nos juros. Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos, afirma que a aproximação entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, pode trazer resultados muito rápidos. “Há a expectativa de que o novo arcabouço fiscal seja apresentado ainda este mês, antes da próxima reunião do BC para definir os juros. Isso abre a possibilidade de haver um corte na Selic já neste encontro do final de março”, afirma Luivez. A perspectiva de corte de juros no Brasil ainda este ano também está no cenário traçado pelo Bank of America. Em relatório, os analistas comparam os potenciais dos mercados brasileiro e mexicano, e quando se trata de ações, preferem o Ibovespa. “O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil deve desacelerar em 2023, com uma situação mais difícil no mercado de crédito. Com a inflação mais controlada, o Banco Central deve começar a cortar juros”, escrevem os analistas Claudio Irigoyen e Anne Milne, do BofA. Para os analistas, o corte de juros devem começar mais cedo no Brasil, que levará a um aumento no fluxo de recursos para a Bolsa. “Isso dá um alívio para as curvas de juros, o que beneficia o setor de varejo. Com isso, vemos empresas do setor subindo”, afirma Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos. Ele cita o reforço dado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, de que o novo arcabouço fiscal sai ainda este mês. A equipe de análise da Guide Investimentos aponta que as quedas dos últimos dias serviram de incentivo aos investidores, favorecendo um ajuste técnico no Ibovespa.

No setor de varejo, a ação ordinária da Petz foi destaque, com alta de 9,19%. O papel ordinário do Grupo SOMA, dono da marca de roupas Hering, subiu 8,06%. A ação ordinária da Lojas Renner avançou 7,46%, e a do Magazine Luiza fechou com alta de 6,52%.

Destaque também para o setor de educação. A ação ordinária da YDUQS teve a maior alta do Ibovespa, com 12,17%. A ordinária da Cogna fechou o dia com avanço de 8,91%.

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