A busca dos alagoanos por crédito fechou o ano de 2022 com retração de 7,5% no acumulado anual, segundo o Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian. Este foi o terceiro maior recuo do Brasil, atrás somente do Rio de Janeiro (-10,8%) e Mato Grosso (-9,6). Na região Nordeste Alagoas empatou com o Rio Grande do Nordeste com o mesmo recuo. A pesquisa leva em conta a busca por financiamento, empréstimo e uso do cartão de crédito. Em todo o Brasil, a demanda dos consumidores por crédito terminou 2022 com queda de 3,1% no acumulado anual. Este foi o menor percentual desde 2012, quando foi registrado também -3,1%. Os brasileiros com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000 foram os que tiveram a queda mais expressiva (-3,8%).

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, essa tendência de queda mostra que os consumidores estão cautelosos na tomada de crédito, em função das altas taxas de juros que estão à espreita. “Mesmo em épocas em que os gastos são elevados, como as festas do final do ano de 2022, os brasileiros sabem que janeiro é um período em que muitos tributos devem ser quitados, por isso optam pelo consumo por necessidade para não iniciarem o ano com o orçamento comprometido”. Na análise da variação anual, o mês de dezembro marcou uma queda acentuada, de -31,6% em comparação com o mesmo mês do ano anterior (11,6%). Inclusive, o declínio foi ilustrado em todas as faixas salariais, totalmente o contrário do que foi registrado em dezembro de 2021. Todas as Unidades Federativas (UFs) brasileiras registraram queda na busca dos consumidores por recursos financeiros em dezembro de 2022. O destaque foi para o Amapá com a diminuição mais expressiva (-41,1%) e o Amazonas com a menos 25%. Em Alagoas, o recuo em dezembro foi de 40,7%. No recorte da Região Sudeste, foi o Rio de Janeiro que registrou a maior queda (-38,3%) e São Paulo a menor (-28%). De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Brasil bateu recorde desde que a série história começou em 2011 Cerca de 56% dos brasileiros diz acreditar que esse ano estarão menos endividados, de acordo uma pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Apesar da expectativa positiva, para conseguir tal feito, muitos terão de reavaliar seus gastos, pois de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Brasil bateu recorde desde que a série história começou em 2011. Em 2022, 77,9% das famílias estavam endividadas, crescimento de 7% se comparado com os números de 2021. O perfil da maioria dos endividados no Brasil em 2022 era mulher, com Ensino Médio incompleto, com menos de 35 anos e moradora das regiões Sudeste ou Sul, cuja família recebe até 10 salários mínimos.