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Nº 5822
Economia

Petrobras det�m 15% do mercado argentino

Buenos Aires – Em outubro de 2002, em meio ao caos econômico e político que tomara  conta da Argentina, a Petrobras  anunciou a compra de 58,6% da Pecom Energia, por US$ 1,027 bilhão. Hoje, mais de dois anos depois, a Petrobras Energia – que também atua

Por | Edição do dia 23/01/2005 - Matéria atualizada em 23/01/2005 às 00h00

Buenos Aires – Em outubro de 2002, em meio ao caos econômico e político que tomara  conta da Argentina, a Petrobras  anunciou a compra de 58,6% da Pecom Energia, por US$ 1,027 bilhão. Hoje, mais de dois anos depois, a Petrobras Energia – que também atua no México e na Venezuela – detém 15% do mercado argentino. “Conseguimos derrubar o mito da rivalidade entre brasileiros e argentinos”, disse o principal executivo da Petrobras Energia, Alberto Guimarães. Exploração marítima Em 2005, confirmou Guimarães, a Petrobras realizará suas primeiras explorações marítimas na Argentina. O plano de investimentos da Petrobras Energia para os próximos cinco anos atinge US$ 2,9 bilhões “e foi desenhado num cenário conservador e desafiador”, ressalta. “Se o cenário for melhor, mais investimentos ocorrerão. Deste total, US$ 1,5 bilhão será destinado à Argentina, que é o principal componente do nosso negócio, nossa principal massa de ativos, seguido muito de perto pela Venezuela. A Argentina representa o grande salto de internacionalização da Petrobras”, disse Guimarães, entusiasmado com o vertiginoso crescimento da empresa no mercado argentino. “Poucas pessoas no Brasil sabem que a primeira Petrobras integrada de energia ocorreu na Argentina. A única usina hidroelétrica da empresa está aqui [localizada na província de Neuquén] e foi construída por brasileiros”, disse o executivo, destacando que a Petrobras responde por 7% da capacidade instalada da Argentina. A estatal brasileira prevê chegar a 2009 produzindo 191 mil barris por dia de petróleo, o que representa um aumento de 41%, e 14 milhões de metros cúbicos diários de gás, um aumento de 47%. Em 2005, pela primeira vez a Petrobras vai buscar desenvolver projetos off shore na Argentina, país que avançou pouco na exploração no mar. Se a empresa tiver sucesso, assegurou Guimarães, “nosso plano de investimentos será outro”. Marca registrada Desde o começo, um de seus grandes desafios foi transformar a Petrobras numa marca registrada para os argentinos. O grupo Pecom tinha um baixo perfil público e uma das principais metas da estatal brasileira foi conquistar os consumidores locais. “Em 2003, quando começamos seriamente a mudar nossa imagem, controlávamos 10% do mercado de combustíveis da Argentina. No primeiro trimestre de 2004 chegamos a ter 15%. Deixamos de ser o quarto maior distribuidor de combustíveis e hoje somos o terceiro maior, colados no segundo”, afirmou Guimarães. Em 2004, o faturamento da empresa aumentou mais de 20% e chegou a US$ 2,6 bilhões. Trata-se do segundo maior faturamento da Argentina. Este ano, o objetivo da Petrobras é continuar crescendo, ampliar suas reservas de petróleo e gás e sua produção. Uma segunda prioridade é buscar a integração regional, através dos demais países do Mercosul, onde o complexo brasileiro também tem forte presença. Dominação espanhola O mercado argentino de combustíveis é dominado pela espanhola Repsol-YPF, com cerca de 50% do controle. Segundo Guimarães, dada a situação atual do mercado interno, “realisticamente não existem condições para ser o primeiro colocado. Por enquanto pensamos em encostar no primeiro, incomodá-lo”. Se for somada a participação da estatal brasileira em todos os segmentos, hoje a empresa representa entre 10% e 12% de todo o mercado energético da Argentina. “Temos quase 700 postos de gasolina, em todas as províncias argentinas, dos quais 320 têm a marca Petrobras. Derrubamos o mito da rivalidade entre brasileiros e argentinos. Essa rivalidade só existe no futebol”, brincou o executivo da Petrobras.

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