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terça-feira, 06/05/2025 | Ano | Nº 5960
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Consumo

ALMOÇO DA SEMANA SANTA TEM SURURU VENDIDO A R$ 60 O QUILO

O item vira artigo de luxo nas mesas dos consumidores alagoanos, com o preço se equiparando ao de pescados como camarão e peixes

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O preço do sururu se equipara e ultrapassa, em algumas bancas, ao do camarão e de peixes bastante consumido
O preço do sururu se equipara e ultrapassa, em algumas bancas, ao do camarão e de peixes bastante consumido -

O sururu, base para a elaboração do prato mais icônico da culinária alagoana, alcança preços semelhantes aos do camarão e peixes nos mercados da capital, se transformando em uma iguaria rara na mesa dos alagoanos, principalmente para os menos abastados. O item, que já foi base da alimentação básica dos pobres, ganha a condição de prato de rico e assusta quem busca o artigo nas balanças de pescados da capital. Um quilo de sururu está sendo vendido por R$ 60 reais, preço que foge do orçamento de muitas famílias alagoanas. Lenilda Costa dos Santos, vendedora do Mercado da Produção, afirma que o sururu vendido atualmente chega em pequena quantidade e vai embora rapidamente. “O fornecedor cobra R$ 45 pelo quilo e nos obriga a vender ao consumidor com uma margem muito pequena de lucro. O artigo vem de Aracaju (Sergipe) e até de Natal (Rio Grande do Norte)”, informa. Lenilda esclarece que também há no mercado o sururu branco, vendido como alternativa ao tradicional, mas muito diferente do original produzido na orla lagunar. Segundo ela, o movimento melhorou, e que ainda consegue vender sururu a R$ 50, reduzindo bastante a margem de lucro. O preço do molusco se equipara e ultrapassa, em algumas bancas, ao do camarão e de peixes bastante consumidos como o dourado, o atum, cioba e a cavala, considerados mais nobres e com faixa de preço mais elevada, chegando entre os R$ 45 e R$ 55 o quilo.

ANTECIPAÇÃO

Valdomiro Ferreira, vendedor do Mercado de Peixes do Jaraguá desde 1979, considera que o movimento ainda está abaixo da expectativa mesmo com os preços relativamente mais baixos. Ele aconselha que as pessoas não deixem para a última hora e que façam suas compras antecipadamente, já que, naturalmente, os preços aumentam com a proximidade da Sexta-feira Santa. Outro artigo raro e muito apreciado pelos alagoanos é o bredo, iguaria que acompanha os pratos tradicionais da Semana Santa, sendo muito procurado durante o período. O que está sendo vendido no Mercado da Produção, em Maceió, vem de Arapiraca, e uma porção custa R$10, como afirma a vendedora Roseane Melo. “O bredo é muito procurado, e eu vendo todo ano. É tratado durante 3 meses. O fornecedor deixa de plantar alface para investir no bredo. Eu vendo bastante, todo ano”, afirma. Ela diz que chega a vender 50 porções por dia. O bredo pode ser feito ao molho de coco ou refogado.

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