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Nº 5822
Economia

H�spedes trocam ostenta��o pelo aconchego

PATRYCIA MONTEIRO O que quer quem tem tudo? Essa é a constante interrogação daqueles que atuam em segmentos de mercado voltados para atender às demandas de consumo das classes mais favorecidas. No ramo da hotelaria não é diferente. Os grande hotéis parte

Por | Edição do dia 30/01/2005 - Matéria atualizada em 30/01/2005 às 00h00

PATRYCIA MONTEIRO O que quer quem tem tudo? Essa é a constante interrogação daqueles que atuam em segmentos de mercado voltados para atender às demandas de consumo das classes mais favorecidas. No ramo da hotelaria não é diferente. Os grande hotéis partem do pressuposto de que seus clientes potenciais querem conforto, comodidade, atendimento profissional e comida de excelente qualidade. E eles estão certos. Mas por que, apesar dos mimos oferecidos, tem se tornado comum a migração do público-alvo dos resorts para as pousadas de charme? “As pousadas de charme se distinguem pela gastronomia, pelo conforto oferecido nas acomodações, pelo forte apelo regional encontrado na decoração e, sobretudo, pela privacidade e sossego que oferecem”, diz Márcio Coelho, do Maceió Convention Bureau. Ele acredita que boa parte dos turistas que viajaram pelo mundo e se hospedaram nos resorts espalhados nos cinco continentes quer seguir pela contramão daqui para frente. Na opinião dele, os clientes de alto poder aquisitivo querem até abrir mão de um certo luxo e formalidade encontrados nos hotéis de luxo e relaxar em uma pousada onde serão tratados pelo nome e com uma certa dose de despojamento. “Nosso diferencial é o dengo”, diz a empresária pernambucana Adriana Didier, sócia da pousada Aldeia Beijupirá. Segundo ela, um dos principais objetivos do atendimento de sua pousada é fazer com que o turista se sinta como se estivesse em casa. “Aqui, além de escolher o que quer comer, muitas vezes o hóspede até vai à cozinha preparar alguma coisa de sua vontade”, conta. Por incrível que pareça, outro grande ponto forte das pousadas do litoral norte do Estado é que nelas não há muito o que fazer. “Na minha pousada, ao invés de animadores, como nos resorts, há desanimadores. Aqui, o hóspede descobre como é bom fazer programa de índio”, brinca. Um dos grandes atrativos também é a boa e farta mesa. Na Pousada do Toque, por exemplo, o mentor intelectual da cozinha é o próprio Nilo Burgarelli, dono de empreendimento. Chef diplomado em escolas francesas de culinária, Burgarelli já foi dono de um restaurante francês bem badalado de Maceió, que hoje não existe mais. Na sua pousada, embora o cardápio tenha sido abolido – o cliente fica à vontade para escolher o que quer comer – os pratos são de impressionar até os mais exigentes gourmets. Tudo é preparado com capricho e um certo toque de sofisticação. Contudo, se o tratamento informal pode ser abolido, na hora de dormir o padrão tem de permanecer cinco estrelas. É o que garante o empresário Leopoldo Amaral, dono da Pousada do Alto. “Camas, lençóis, travesseiros e ar-condicionados têm de ser impecáveis”, afirma Amaral, com o olhar experiente de quem foi agente de turismo internacional.

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