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Nº 5822
Economia

Financiamento de im�vel fica mais flex�vel

VÂNIA CRISTINO (AE) O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na última quinta-feira (27) uma série de medidas que beneficiarão a classe média para obter financiamento habitacional com recursos da caderneta de poupança. O limite máximo de financiamento

Por | Edição do dia 30/01/2005 - Matéria atualizada em 30/01/2005 às 00h00

VÂNIA CRISTINO (AE) O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na última quinta-feira (27) uma série de medidas que beneficiarão a classe média para obter financiamento habitacional com recursos da caderneta de poupança. O limite máximo de financiamento para compra de um imóvel pelas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) aumentou de R$ 300 mil para R$ 350 mil. Já o valor máximo de financiamento também foi reajustado de R$ 150 mil para R$ 245 mil. Ou seja, se antes para ter uma imóvel o interessado teria que providenciar por conta própria R$ 150 mil, esse valor caiu para R$ 105 mil. O pacote de medidas para a habitação foi anunciado pelo diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy. Ele explicou que o principal objetivo do CMN foi compatibilizar a demanda por financiamento com os recursos disponíveis. O governo está convencido de que não haverá procura por empréstimos para recursos adicionais da ordem de R$ 8 bilhões a R$ 12 bilhões que estarão disponíveis este ano, segundo as estimativas do Banco Central e do mercado. “Não há demanda para tanto dinheiro”, admitiu Darcy, baseado em informações do próprio setor, como o documento conjunto encaminhado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) e Associação Brasileira das Entidades de Crédito imobiliário e Poupança (Abecip). Por isso, o CMN decidiu atender também à pressão dos bancos e não penalizar as instituições financeiras que, pela regra em vigor, deveriam depositar compulsoriamente no BC os recursos não aplicados em habitação. Ao invés dessa penalidade, o CMN determinou que nos meses de janeiro, fevereiro e março os bancos apliquem em habitação apenas 30% a mais do que aplicaram nos mesmos meses do ano passado. “A construção civil entende que a demanda por financiamento este ano será 30% acima da verificada em 2004”, disse Darcy. Em todo o ano passado, os bancos aplicaram R$ 3 bilhões em habitação. Caso essa regra permaneça por todo este ano, o acréscimo será de R$ 900 milhões. O CMN está prometendo fazer nova avaliação da demanda ao final do primeiro trimestre. As regras mais leves para os bancos vão, segundo o diretor do BC, chegar ao mutuário final. Sem mudar a taxa de juros cobrada pelo SFH nos empréstimos habitacionais, que permanece em no máximo 12% ao ano, o CMN está induzindo o sistema financeiro a cobrar menos do mutuário que precisa de menos recursos para adquirir a sua casa própria.

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